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Opinião: Scorecard dos 100 dias do Presidente Trump

O Sr. Trump tomou posse com uma visão ousada e conseguiu pontuar pelo menos uma vitória rápida, mas muitas das suas propostas políticas conseguiram apenas um progresso incremental desde então.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
29 Abril 2017, 18h17

O Presidente Donald Trump tomou posse no meio de grandes expectativas, que foram criadas pelas suas contundentes promessas de campanha. Os mercados financeiros expressaram as suas elevadas esperanças na forma de cotações mais altas, impulsionadas pela perspetiva de cortes nos impostos e outras medidas do novo presidente amigas das empresas.

Desde cedo, contudo, Trump enfrentou desafios significativos, começando por um combativo Congresso incapaz de conseguir reunir votos suficientes para a sua proposta de revogação do Obamacare. Com esta derrota, Trump descobriu o que muitos líderes já tinham descoberto antes dele: o progresso pode ser lento quando a realidade política se manifesta.

Trump encontra-se agora no marco dos 100 dias da sua presidência e, ainda que seria irrealista esperar que fosse bem-sucedido em todas as dimensões do seu programa em pouco mais de três meses, este é, desde há muito, um marco que avalia o desempenho de um novo presidente.

Com isto em mente, a nossa tabela de desempenho (scorecard) fornece a nossa melhor avaliação das conquistas de Trump relativamente a políticas-chave que ele próprio especificou na sua ambiciosa agenda.

Tabela de desempenho (scorecard) dos 100 Dias do Presidente Trump

O Sr. Trump tomou posse com uma visão ousada e conseguiu pontuar pelo menos uma vitória rápida, mas muitas das suas propostas políticas conseguiram apenas um progresso incremental desde então. O apoio do Congresso parece ser a chave para o sucesso de muitas das suas iniciativas; sem esse apoio, a sua capacidade de avançar com a sua agenda pode ser limitada.

Implicações de Investimento

  • As expectativas dos mercados para a “Trumpflation” deveriam ser mais baixas
  • A promessa de Trump de um crescimento sustentável de 3-4 per cento deverá ser muito difícil de atingir; vai depender muito do crescimento da força laboral e do crescimento da produtividade
  • Se Trump conseguir reduzir com sucesso as regulamentações, os serviços financeiros podem beneficiar; mas menos o setor energético
  • Globalmente, o progresso deverá ser mais lento e levará mais tempo do que muitos antecipavam

 

* Texto de opinião de Neil Dwane, Global Strategist, AllianzGI

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