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“Se conseguirem provar que desviei fundos públicos apresento a demissão imediatamente”, diz o presidente das Filipinas

O senador Antonio Trillantes acusa Rodrigo Duterte de ter elevadas somas de dinheiro não declarado em contas bancárias, fruto de desvios de dinheiros públicos levados a cabo entre 2005 e 2006, enquanto era presidente da Câmara de Davao.
  • Ezra Acayan/REUTERS
17 Fevereiro 2017, 13h15

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, negou esta sexta-feira as declarações do senador Antonio Trillantes que o acusa de ter elevadas somas de dinheiro não declarado em contas bancárias, fruto de desvios de dinheiros públicos levados a cabo entre 2005 e 2006. Rodrigo Duterte garante que não esconde “dinheiro negro” nenhum e incentiva o senador a encontrar provas em contrário. Caso consiga, o presidente das Filipinas promete que se demite.

O chefe de Estado é perentório em relação ao senador Antonio Trillantes: “deve deixar de abrir a boca porque não tem nada para dizer”. Rodrigo Duterte sugere ao senador, uma das vozes mais críticas do Governo, que recorra aos tribunais e apresente uma queixa contra ele por corrupção.

“Se Antonio Trillanes provar a acusação de que acumulei ilegalmente dois mil milhões de pesos (qualquer coisa como 45 milhões de euros) ou se na minha conta bancária constar apenas um depósito de 500 milhões de pesos (cerca de 9,3 milhões de euros) apresento a demissão imediatamente”, afirma Rodrigo Duterte, em comunicado.

Segundo Antonio Trillantes, o presidente filipino, enquanto presidente da Câmara de Davao, no sul do país, entre 2005 e 2006, desviou verbas públicas e não só o disse como “provou”. Nos documentos de registo de contas divulgados pelo senador, constam também as alegadas contas dos três filhos do chefe de Estado e da atual mulher, Honeylet Avanceña.

Rodrigo Duterte diz que “já respondeu a esta acusação antes de ter sido nomeado presidente” e que o historial bancário apresentado por Antonio Trillantes “só prova a sua ignorância” sobre questões bancárias acrescentando que os registos dos depósitos em nome da mulher são completamente legais e ele não terá cometido qualquer ato ilícito quando era candidato.

 

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