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Secretaria da Economia lamenta “desconhecimento e ignorância” da Iniciativa Liberal sobre apoios do Governo da Madeira

A secretaria regional considerou lamentável que a Iniciativa Liberal, na Madeira, “se apresente com um discurso muito cénico, mas pouco sério. De facto, um dos maiores problemas da política atual é o populismo e, nesse âmbito, a Iniciativa Liberal começa a dar cartas na Madeira”.
19 Abril 2022, 09h04

A Secretaria Regional da Economia lamentou o “desconhecimento e ignorância” da Iniciativa Liberal relativamente à política de apoios e incentivos do Governo Regional da Madeira ao tecido empresarial.

“O Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE) é uma instituição de referência na concessão de apoios e incentivos às empresas regionais, assumindo-se como o organismo coordenador de todos os apoios aos setores secundários e terciários da economia da Região Autónoma da Madeira. A gestão e atribuição dos apoios e incentivos é pautada pela transparência, pilar fundamental da política de coesão”, diz a Secretaria da Economia.

A secretaria regional sublinha que a lista de empresas cujas candidaturas foram objeto de aprovação e alvo de pagamento pelo Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE) é de acesso público.

Sobre a linha Investe RAM Covid-19 a Secretaria Regional diz que as evidências documentais são obrigatórias e não são exclusivas desta Linha. “A lista de documentos a apresentar é clara e foi amplamente divulgada. A despesa pública exige a instrução de processos consistentes, os quais se conformem com os mais elevados padrões de auditoria e supervisão”, reforça a secretaria.

“É lamentável que a Iniciativa Liberal na Madeira se apresente com um discurso muito cénico, mas pouco sério. De facto, um dos maiores problemas da política atual é o populismo e, nesse âmbito, a Iniciativa Liberal começa a dar cartas na Madeira”, disse a Secretaria Regional da Economia.

A Iniciativa Liberal Madeira tinha deixado críticas ao funcionamento da linha de crédito Investe RAM Covid-19.

“Como sempre, em coisas onde o Estado esteja envolvido, o poço de burocracia abriu a goela, dificultando, ainda mais, a vida a quem já a tinha quase destroçada. O papel, a declaração, o papelinho, o prazo, a hora, o dia, a assinatura, a justificação, o relatório, o balanço e o balancete, a ficha, o “diabo a quatro”. Tudo serve para criar dificuldade. Com isto foram-se abrindo fases atrás de fases. A cereja no topo do bolo foi a banca pedir aos empresários garantias pessoais, demonstrando assim a confiança que o Governo Regional merece das instituições bancárias da nossa praça”, referiu a Iniciativa Liberal.

“Chegou a altura do “fundo perdido”. E voltou o fadário da papelada, da burocracia, da dificuldade. E os empréstimos começam a vencer e muitas empresas começam a pagar o que não deviam, por cumprirem com o acordado com o Governo, que mais uma vez, se revela não ser “pessoa” de bem. A banca acusa o Governo Regional de não lhes fazer chegar o dinheiro, e o Governo acusa a banca de ter o dinheiro, mas que precisa do papel e do papelinho e da requisição e do processo e, como diz o povo, “quem se lixa é o mexilhão”, ou seja, as empresas. A paciência tem limites”, reforçou o partido.

A Iniciativa Liberal apelou a que o executivo regional, a Secretaria da Economia e o IDE revelassem a lista com os nomes das empresas apoiadas com dinheiro dos contribuintes que, como accionistas do Estado, “têm todo o direito de saber por onde anda o dinheiro que pagam pelos seus impostos”.

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