“Falei com o Presidente [da Finlândia, Sauli] Niisto, e com os ministros dos Negócios Estrangeiros [finlandês, Pekka] Havisto, e [sueca] Ann Linde, antes da nossa reunião ministerial em Berlim”, escreveu Jens Stoltenberg na sua conta na rede social Twitter. “A Finlândia e a Suécia são os nossos parceiros mais próximos e discutimos desenvolvimentos sobre as suas possíveis candidaturas à adesão. O alargamento da NATO tem sido um sucesso histórico”, concluiu.
Spoke w/ President @niinisto & Foreign Ministers @Haavisto & @annlinde ahead of our Ministerial in Berlin. #Finland & #Sweden are our closest partners & we discussed developments regarding their possible applications for membership. #NATO enlargement has been an historic success.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) May 14, 2022
Numa mensagem anterior, o secretário-geral da NATO disse ter também falado por telefone com os chefes da diplomacia do Canadá, Itália e Estados Unidos, além da Turquia, único Estado-membro que se manifestou contrário à adesão da Suécia e da Finlândia à aliança atlântica.
Nessas conversas foram abordados o apoio à Ucrânia, a “parceria próxima” da NATO com a Suécia e a Finlândia, e os preparativos para a próxima cimeira da organização.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se entre hoje e domingo em Berlim para coordenar a resposta à guerra na Ucrânia, quando se discute a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança.
Nesta reunião informal na capital alemã, presidida pelo vice-secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o romeno Mircea Geoana, Portugal está representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que na sexta-feira esteve em Helsínquia para se reunir com o seu homólogo finlandês, Pekka Haavisto, para debater a adesão da Finlândia à NATO.
Na sexta-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, considerou “um erro” a entrada dos dois países na NATO, acusando a Suécia e a Finlândia de “albergarem terroristas do PKK”, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado organização terrorista por Ancara, mas também pela União Europeia e pelos Estados Unidos. Foi a primeira voz dissonante no seio dos 30 aliados a propósito desta matéria. A entrada de um novo Estado-membro na NATO requer unanimidade, o que significa que a Turquia poderá bloquear a adesão dos dois países escandinavos, cuja candidatura deverá ser formalizada nos próximos dias.
Na sequência da guerra na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia iniciaram um debate sobre a adesão à NATO, que, a concretizar-se, significará o abandono da histórica posição de não-alinhamento dos dois países. A Rússia avisou a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, “tanto técnico-militares como outras”, se o país aderir à NATO.
A Rússia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.
Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia exigiu à NATO a proibição da entrada do país vizinho na organização e o recuo de tropas e armamento dos aliados para as posições de 1997, antes do alargamento a leste.
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