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Sector do turismo no Algarve critica ausência de público na F1

As associações que representam o turismo algarvio garantem que estão a trabalhar com a DGS e outras entidades para assegurar a segurança do evento com a presença de público.
19 Março 2021, 15h15

Num comunicado conjunto, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHS), a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) e Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA) criticaram a decisão de não haver público durante o evento de Fórmula 1 e garantiram não ter sido informadas.

“Foi com surpresa que vimos hoje na Comunicação Social a divulgação de um alegado impedimento da presença de público no Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, que se vai realizar no Algarve no dia 2 de maio. Não recebemos qualquer comunicação oficial do Governo quanto a uma decisão sobre a presença de público na F1”, garantem as associações.

Na missiva é recordado que as associações têm “vindo a trabalhar com a DGS, Autoridade de Saúde Regional e com as Forças de Segurança e da Proteção Civil de forma garantir que o Grande Prémio de Portugal F1 se realiza com todas as condições de segurança para residentes e visitantes. E nada aponta para uma tal eventualidade (ausência de público)”.

“O evento está a ser organizado com as medidas mais restritivas de todo o circuito da F1, nomeadamente as mesmas exigências que são impostas aos passageiros para as viagens de avião: é realizado ao ar livre e num perímetro de mais de 5 km de extensão onde serão aplicadas fortes reduções de capacidade, obrigatoriedade de realização prévia de testes para todos os espectadores, obrigatoriedade permanente do uso de máscara e imposição de distanciamento social, além de equipas em sistema de bolha, vigilância permanente e disponibilização de álcool-gel”, asseguram.

As associações lembram ainda o impacto económico do evento no ano passado e sublinham que o espaço tem as condições necessárias para receber público. “O impacto económico da corrida de 2020 para o Algarve e para Portugal foi superior a 30 milhões de euros e o impacto mediático superior a 60 milhões de euros, tendo alcançado 42 milhões de pessoas via televisão e 24 milhões de pessoas via redes sociais”, apontam as representantes pelo turismo algarvio acrescentando que “o Autódromo Internacional do Algarve tem mais de 5 km de perímetro nas bancadas e é ao ar livre”.

De salientar que a 19 de abril serão permitidos espetáculos em locais fechados, como cinemas, teatros e salas de espetáculos, ou a abertura de centros comerciais. Tendo isto em conta, a associações consideraram que “as medidas propostas para este evento são muito mais exigentes que qualquer outro evento em Portugal”.

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