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Sector imobiliário pede a Costa e Marcelo regime de exceção

Carta enviada pela APEMIP conta com mais de três mil assinaturas de mediadores imobiliários onde pedem para que sejam autorizadas as visitas presenciais a imóveis cumprindo as medidas de higiene e segurança da Direção Geral de Saúde.
  • Presidente da APEMIP, Luís Lima
1 Fevereiro 2021, 10h15

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) enviou uma carta ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia, na qual pede um regime de exceção que permita aos mediadores imobiliários agendarem visitas presenciais a imóveis cumprindo as medidas de higiene e segurança da Direção Geral de Saúde.

Este documento assinado por três mil representantes da APEMIP surge porque desde o período de confinamento que se iniciou a 15 de janeiro, ficou impossibilitada a manutenção da atividade de mediação imobiliária no país.

“Esta situação é um convite à mediação ilegal e à fragilidade dos cidadãos, uma vez que a casa está intimamente ligada ao curso de vida das pessoas e famílias”, pode ler-se na carta. O presidente da APEMIP, Luís Lima mostra-se contente com a união e solidariedade dos agentes do sector, recordando ao Governo que esta classe está absolutamente desprotegida.

“O sector não está a pedir esmolas ao Governo, mas sim que nos deixe trabalhar cumprindo todas as regras e garantindo a segurança dos agentes e dos seus clientes. Neste momento, considerando que a venda e arrendamento de imóveis com recurso exclusivo a visitas virtuais é absolutamente residual, esta fileira do sector está não só impedida de desenvolver a sua atividade, como o seu CAE não está integrado em medidas como os programas APOIAR. De que forma é suposto que estas empresas e seus funcionários consigam ultrapassar as dificuldades impostas pelo confinamento, se não podem trabalhar nem estão enquadradas nos apoios?”, refere.

A APEMIP continua a reclamar medidas especificas concretas, às quais as empresas possam recorrer neste momento em que se verifica uma quebra de vendas de quase 100%.

“Dependem diretamente do imobiliário cerca de 40 mil pessoas, fora os que dele dependem indiretamente. Em 2019, de um total de investimento imobiliário que ronda os 26 mil milhões de euros, cerca de 19 mil milhões foram garantidos por mediadores imobiliários. Uma classe que representa este tipo de valores e que já demonstrou ser essencial na promoção da dinamização económica nacional merece outro tipo de reconhecimento num período como este”, reforça Luís Lima.

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