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Seguradoras alcançam lucros de 320 milhões de euros no primeiro semestre

O sector segurador registou uma melhoria dos resultados em comparação com os lucros de 315 milhões de euros obtidos no período homólogo. Apesar de se ter observado uma descida na produção de seguros, houve uma diminuição nos custos com sinistros.
23 Agosto 2022, 16h03

As seguradoras a operar em Portugal alcançaram lucros de 320 milhões de euros no primeiro semestre, num período marcado por uma descida na produção dos seguros, mas também por uma queda nos custos com sinistros. Este resultado revela uma melhoria face aos 315 milhões de euros obtidos no mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados esta terça-feira pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) no mais recente relatório da atividade seguradora.

De acordo com o documento, “nos primeiros seis meses de 2022, a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal diminuiu 0,9% face ao período homólogo de 2021, situando-se acima dos 6,3 milhões de euros”.

Enquanto o “ramo Vida apresentou uma quebra de 7,1%, tendo sido relevante para este decréscimo a diminuição verificada nos seguros de vida ligados (20,9%), em particular nos PPR (23%)”, os “ramos Não Vida registaram um crescimento de 6,7%, de onde se destaca o crescimento de 10,2% no ramo Doença, cujo peso relativo na produção passou a ser de 20,2% no final do período”.

Já os custos com sinistros recuaram 20,4% à boleia de uma diminuição de 30,7% no ramo Vida “explicado pelo facto de, nos dois últimos anos, ter ocorrido um volume elevado de vencimentos de contratos de seguros financeiros”, indica a ASF.

Por outro lado, diz o regulador, os “ramos Não Vida apresentaram um aumento nos custos com sinistros de 7,1% tendo para isso contribuído os ramos Automóvel e Doença, bem como a modalidade de Acidentes de Trabalho”.

Quanto às carteiras de investimento das seguradoras, estas alcançaram um valor de 47,4 mil milhões de euros, o que traduz uma descida de quase 8% em comparação com o final de 2021. “No mesmo período, as provisões técnicas, cujo valor foi de cerca de 39,5 mil milhões de euros, apresentaram um decréscimo de 8%”, refere o relatório.

O rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade e que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 205%, refletindo um decréscimo de dois pontos percentuais face ao final de 2021, diz a ASF.

Em sentido oposto, refere, o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 581%, refletindo um aumento de cinco pontos percentuais, face ao final do ano anterior.

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