Seguradoras chinesas terão tentado comprar a Allianz

É sob o manto do anonimato que as fontes da Reuters confirmam as notícias avançadas pela primeira vez na passada quarta-feira pelo jornal alemão ‘Sueddeutsche Zeitung’. Dois grupos chineses do setor dos seguros, o Anbang Insurance Group e o HNA Group, tentaram comprar participações no grupo alemão Allianz, com o objetivo de criar um império financeiro global.

Ambos os conglomerados encetaram conversações no sentido de adquirir uma participação maioritária naquele que é o quarto maior grupo segurador do mundo – avaliado em cerca de 80 mil milhões de euros –, com o HNA a estar também aberto à obtenção de uma participação minoritária.

As mesmas fontes afirmam à agência noticiosa que as conversações – separadas – não resultaram em licitações formais, tendo terminado após a previsão de dificuldades regulatórias na Alemanha e na China e devido ao pouco interesse demonstrado pela administração da Allianz. Será “muito pouco provável” que voltem a existir conversações neste sentido, afirma mesmo uma das fontes da Reuters.

Ainda que estas conversações não tenham durado muito, são indicadoras da ambição dos grandes conglomerados chineses criarem impérios globais através de aquisições de monta.

O aumento do número deste tipo de negócios resultou num aumento do escrutínio a que as autoridades chinesas votam os negócios feitos com entidades estrangeiras, de clubes de futebol a estúdios de cinema. Nos últimos meses, o Governo aumentou as restrições a este tipo de negócios e aconselhou os bancos domésticos a reduzir os empréstimos que têm alimentado esta compra desenfreada, que em 2016 levou ao gasto de quase 190 mil milhões de euros em compras.