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Seixas da Costa: “Macron está muito fragilizado. Resultado vai refletir-se no posicionamento europeu”

Seixas da Costa considera que “Macron está muito fragilizado. Não encontramos nestes resultados espaço de manobra para qualquer tipo de ponte com Melenchon. Também há aqui uma subida muito significativa de Marine Le Pen”, regista o embaixador e comentador do programa “A Arte da Guerra” à CNN.
19 Junho 2022, 18h39

As primeiras projeções da segunda volta das eleições legislativas em França apontam para uma perda da maioria absoluta no Parlamento para o partido de Emmanuel Macron, um resultado que, de acordo com o embaixador Francisco Seixas da Costa, comentador no programa “A Arte da Guerra”, da plataforma multimédia JE TV, pode ter consequências até na margem de manobra do presidente francês ao nível europeu.

Em declarações à CNN, este comentador do JE começa por adiantar que “a assembleia vai precisar de coligações pontuais relativamente à execução e aprovação e execução de medidas legislativas de uma forma que a França não está habituada”.

Seixas da Costa considera que “Macron está muito fragilizado. Não encontramos nestes resultados espaço de manobra para qualquer tipo de ponte com Melenchon. Também há aqui uma subida muito significativa de Marine Le Pen”, regista o embaixador.

Este comentador de política internacional realça que “vamos ter a extrema direita e a esquerda radical com muita força na assembleia e uma grande dificuldade por parte de Macron de ir buscar apoios sem ser de natureza pontual”.

Com estes resultados, Francisco Seixas da Costa considera que “a posição da França no sentido de atuar no plano europeu vai-se ressentir”.

O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu a maioria dos lugares no Parlamento mas perdeu a maioria absoluta, indicam as primeiras projeções que também indicam uma forte subida de extrema-direita.

A abstenção rondou os 54%, mais elevada face à primeira volta da passada semana.

Depois de, na primeira volta das eleições presidenciais francesas, a coligação de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES) e a coligação presidencial Juntos! (Ensemble!, em francês) terem ficado separadas por cerca de 20 mil votos, Macron vinha repetindo os apelos a um “sobressalto republicano” nesta segunda volta. Pelo contrário, o líder do NUPES, Jean-Luc Mélenchon, tinha pedido que estas eleições fossem uma “terceira volta” das eleições presidenciais.

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