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“Sem contrapartidas do Governo, salário mínimo não pode ultrapassar os 500 euros”

Presidente da CCP diz que o salário mínimo para 2017 é um tema “muito sensível” e que sem contrapartidas não pode ser aumentado. Reunião de concertação social está marcada para a próxima semana.
30 Outubro 2016, 11h28

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, em entrevista publicada este domingo no Diário de Notícias, afirma que “sem contrapartidas do Governo, o salário mínimo não pode ultrapassar 500 euros”.

João Vieira Lopes explica que este aumento é “muito difícil por dois tipos de razões. Nós não temos a certeza se, de facto, o Governo pretende um acordo, porque um acordo, como é costume dizer-se, tem páginas pares e páginas ímpares”, e acrescenta que nas primeiras “as entidades fazem cedências” e, nas segundas, “têm algumas contrapartidas”.

O presidente da CCP diz ainda que não vê “da parte do Governo contrapropostas em que as empresas fiquem satisfeitas para poderem fazer algumas cedências”, e que por isso o salário mínimo “é um ponto muito sensível”.

Governo e parceiros sociais cheguem a acordo sobre o aumento do salário mínimo na reunião de concertação social marcada para a próxima semana.

João Vieira Lopes prefere não avançar qual o valor que a confederação a que preside defende para a fixação do salário mínimo em 2017, dizendo que esse é um tema “grande sensibilidade social, na medida em que os salários mínimos em Portugal são baixos”.

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