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Sem nunca falar em derrota, Jerónimo de Sousa admite que resultado eleitoral “é particularmente negativo”

O líder comunista reconheceu a difícil posição em que o PCP ficou – mais fragilizada – após estas eleições ao Parlamento Europeu. e apontou as eleições legislativas de outubro deste ano como “um momento decisivo na vida política nacional e na vida do povo português nos próximos anos”.
26 Maio 2019, 23h34

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou este domingo, 26 de maio, que o resultado da CDU (coligação PCP e ‘Os Verdes’) “não só é particularmente negativo, como não corresponde ao ambiente de apoio durante a campanha e à contribuição do PCP e PEV na recuperação das condições de vida”, desde a nomeação do Governo PS, viabilizado por PCP e BE.

O líder do PCP nunca usou a palavra derrota no discurso de reação aos resultados eleitorais, tendo em conta que a CDU apenas poderá eleger dois eurodeputados face aos três eleitos há cinco anos, e apontou as eleições legislativas de outubro deste ano como “um momento decisivo na vida política nacional e na vida do povo português nos próximos anos”.

Foi desta forma que Jerónimo de Sousa, na sede nacional do PCP, em Lisboa, reconheceu a difícil posição em que os comunistas ficaram – mais fragilizada – após estas eleições ao Parlamento Europeu. “O resultado de hoje deve constituir um sinal de alerta”, disse.

Jerónimo de Sousa aludiu ainda aos “que fizeram de tudo para menorizar a CDU e a sua reputação”, para colocar o desafio aos eleitores portugueses: “Se querem fazer avançar o país  e as suas vidas ou se querem andar para trás”.

Foi nesse sentido que o secretário-geral do PCP falou na necessidade de “ampliar consciências” dos portugueses para “que se avance na reconquista e reposição de direitos”, tendo em conta “importantes opções na luta do futuro” e a necessidade de encontrar “resposta aos problemas nacionais”.

Desta forma, o discurso de balanço da noite eleitoral serviu para Jerónimo de Sousa apontar baterias a próximas bandeiras eleitorais e defender o “aumento do salário mínimo nacional para os 850 euros” e a “luta contra a precariedade e a desregulação dos horários de trabalho”.

Pelas 22h54, o PS tinha cinco eurodeputados eleitos, o PSD três e o BE, a CDU e o CDS um eurodeputado cada, quando estavam apurados os resultados em 3056 das 3092 freguesias e 88 dos 100 consulados, segundo dados oficiais.

A CDU tinha obtido há cinco anos o seu segundo melhor resultado de sempre em sufrágios europeus, sendo a terceira força política mais votada, com 12,7%, e três mandatos conquistados.

 

 

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