“Será diferente”. Começa a convenção nacional democrata em modo virtual
A convenção nacional do Partido Democrata começa esta segunda-feira, 17 de agosto, um evento que foi completamente remodelado devido à pandemia.
“Não há dúvida sobre isto – será diferente”, frisou Tom Perez, o presidente do Comité Nacional Democrata (DNC), citado pelo “The Guardian”. A programação virtual “Convenção pela América” foi reduzida a apenas duas horas todas as noites, das 21h00 às 23h00 (horário do leste dos Estados Unidos), quando originalmente o plano dos democratas seria estar em Milwaukee, Wisconsin, em meados de julho.
A campanha virtual deverá durar quatro dias e o primeiro dia do evento, hoje, deverá contar com a presença do ex-governador republicano de Ohio, John Kasich e senador socialista democrático de Vermont, Bernie Sanders. No evento, Joe Biden deverá fazer formalizar a candidatura presidencial pelo partido democrata e fazer o discurso mais importante da sua carreira.
Por sua vez, Kamala Harris fará um discurso à nação na quarta-feira, 19 de agosto, no dia em que os americanos celebram 100 anos da ratificação da 19ª Emenda, que garantiu às mulheres americanas o direito de voto. Entre os convidados da convenção nacional democrata estão o casal Clinton e os Obama, assim como celebridades e artistas como Common, Billie Eilish e John Legend.
O evento também será marcado por uma homenagem ao falecido líder dos direitos civis e congressista John Lewis, mas também pela presença de professores, operários, profissionais de saúde e empresários a quem lhes foi solicitado que partilhassem as suas histórias com o intuito de enfatizar o impacto do fracasso de Donald Trump em conter o pandemia na classe trabalhadora americana.
Segundo o jornal britânico, Joe Biden entra na fase final da campanha numa posição forte, embora os democratas estejam a preparar-se para uma forte disputa. O democrata lidera Donald Trump com uma ampla margem. Uma sondagem da “NBC News” e “Wall Street Journal”, divulgada no domingo, apontou que Joe Biden tem uma vantagem de nove pontos sobre o presidente americano, com mais de 60% dos americanos a considerar que a resposta do governo dos EUA à pandemia não foi bem-sucedida.
De acordo com a pesquisa da “NBC News” e “Wall Street Journal”, Joe Biden detém uma grande vantagem sobre Donald Trump em quase todas as questões, exceto na economia, em que os eleitores dizem ser uma prioridade nesta eleição.
