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“Será necessário suspender os acordos de empresa na TAP”, diz ministro

Um corte salarial progressivo até 25% “permite poupar entre 600 e mil postos de trabalho na TAP, que são preservados porque é feita a redução da massa salarial”, referiu esta sexta feira o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na apresentação do Plano de Reestruturação da TAP.
11 Dezembro 2020, 16h28

Foram “identificados 2000 trabalhadores que não serão necessários ao Grupo TAP entre 2021 e 2022”, mas será igualmente aplicado à companhia “um corte salarial progressivo até 25%”. Esta última medida, por seu turno, “permite poupar entre 600 e mil postos de trabalho, que são preservados porque é feita a redução da massa salarial”, referiu esta sexta feira o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na apresentação do Plano de Reestruturação da TAP, admitindo ainda ser necessário “suspender os acordos de empresa na TAP, porque a companhia é menos produtiva que os seus concorrentes”.

“Temos mais tripulantes que os padrões internacionais, sobretudo nos casos dos aviões A321 e A319, para os quais são utilizados quatro tripulantes, mas nós na TASP temos cinco. Ou seja, temos mais 28% de tripulantes por avião que os concorrentes”, adiantou o governante.

“Temos um período de descanso superior, por isso precisamos de ter mais pilotos para produzir o mesmo. Temos de corrigir estas condições face aos nossos concorrentes, para salvarmos a TAP e podermos ter a TAP a crescer de forma mais vigorosa no futuro”, explicou.

Esta reestruturação permitirá fazer uma “poupança acumulada até 2025 de 1,4 mil milhões de euros em dinheiro público. Neste sentido, foram apresentadas aos sindicatos medidas voluntárias que podem reduzir o número de saídas, entre as quais figuram reformas antecipadas e licenças sem vencimento, que são alternativas ao despedimento”, revelou Pedro Nuno Santos, considerando que esta reestruturação tem de ser feita com sucesso porque, diz, “era tremendamente negativo e desastroso para a economia portuguesa perdermos a TAP, que representou em  2019 perto de 2,6 mil milhões de exportações, mais 700 milhões de euros em vendas a cidadãos nacionais”.

“Se todas as ligações aéreas feitas pela TAP fossem ocupadas por companhias concorrentes, o respetivo valor das nossas exportações passava a zero, o que quer dizer que esses 2,6 mil milhões de euros deixavam de ser exportações”, concluiu o ministro.

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