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Sérgio Moro: “É preciso que as pessoas acreditem que a lei é para valer”

O ministro da Justiça de Jair Bolsonaro participou esta terça-feira nas Conferências do Estoril. E deixou uma garantia: “Mudei de cargo, mas continuo essencialmente o mesmo.”
  • Cristina Bernardo
28 Maio 2019, 19h29

No painel subordinado ao tema “De Volta ao Essencial: Democracia e a Luta contra a Corrupção”, o ministro da Justiça brasileiro Sérgio Moro disse que “é preciso que as pessoas acreditem que a lei é para valer”. Com ele estiveram a debater a ministra da Justiça portuguesa, Francisca van Dunem, Janine Lélis, ministra da Justiça de Cabo Verde, Joana Marques Vidal, ex-procuradora-geral da República portuguesa, e Amina Touré, ex-primeira-ministra do Senegal.

Moro disse também que aceitou trocar o cargo de juiz pelo de ministro porque tinha um objetivo específico: “Aprofundar a luta contra a corrupção”. E que não aceitaria comprometer os seus princípios: “Mudei de cargo, mas continuo essencialmente o mesmo”.

O ministro da Justiça de Jair Bolsonaro reconheceu ainda, durante o evento, a necessidade de um maior investimento nas prisões do Brasil, mas assume que existe um “problema de execução” com os recursos já existentes para esse efeito.

Esta é a segunda vez em menos de um mês que o juiz que liderou a Operação Lava-Jato, que levou à detenção do ex-presidente brasileiro Lula da Silva, está em Portugal. No final de abril, na conferência de abertura sobre o Estado Democrático de Direito e o Combate à Criminalidade Organizada e à Corrupção, no VII Fórum Jurídico de Lisboa, Moro disse que há uma “dificuldade institucional” em Portugal em fazer avançar o processo contra o antigo primeiro-ministro José Sócrates e que o mesmo acontece no Brasil.

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