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Sérgio Sousa Pinto defende Passos contra os “insultos vomitados” e a indignação de “pessoal menor da Academia”

O deputado do PS escreveu um texto no Facebook a defender Passos como professor do ISCSP.
4 Março 2018, 13h19

“A experiência de um ex-primeiro-ministro, qualquer que seja, é única e valiosa”. Arrancou assim o texto escrito pelo deputado do PS Sérgio Sousa Pinto, na rede social Facebook, partilhando e comentando uma notícia publicada pelo Observador, de que Pedro Passos Coelho será professor do ISCSP.

O texto é uma defesa da opção do ex-primeiro-ministro, contra os “insultos vomitados” por alguns e contra a “indignação de meia dúzia de pessoal menor da Academia”.

“A pátria, chocada, vomita insultos. Meia dúzia de pessoal menor da Academia, devidamente encartada de títulos e graus, inchou de indignação. A universidade, desviada por instantes do negócio dos doutoramentos, habituada a debitar doutores como salsichas rugiu. Acham, certamente, que Passos não é um Vitorino Magalhães Godinho ou um Lindley Cintra. É certo. E dos atuais doutores encartados, quantos são?”

O Jornal Económico já tinha noticiado a 28 de janeiro, em primeira mão, que Passos Coelho se preparava para “abraçar” a vida de professor universitário. Informação agora reforçada com a descoberta da instituição que receberá Passos.

De acordo com a newsmagazine “Visão”, Pedro Passos Coelho aceitou o convite da direção do ISCSP, presidida por Manuel Meirinho, ex-deputado do PSD na Assembleia da República, depois de ter renunciado ao mandato de deputado no Parlamento, no final de fevereiro.

O Conselho Científico do ISCSP já terá autorizado a entrada do antecessor de Rui Rio no quadro docente da faculdade, localizada no pólo universitário do Alto da Ajuda, em Lisboa.

Pedro Passos Coelho deverá ficar associado a disciplinas relacionadas, essencialmente, com economia e lecionadas em mestrados e doutoramentos, referiu a “Visão”.

Entre o corpo docente do ISCSP contam-se também antigos governantes como Luís Amado (antigo-ministro dos Negócios Estrangeiros), Rui Pereira (antigo ministro da Administração Interna) e António de Sousa Lara (antigo secretário de Estado da Cultura).

O antigo presidente do Tribunal de Contas Guilherme d’Oliveira Martins, António Rebelo de Sousa, irmão do atual Presidente da República, e António José Seguro, antigo secretário-geral do PS, também dão aulas naquela faculdade.

Antes de ter sido primeiro-ministro (2011-2015), o social-democrata já tinha sido professor no Instituto Superior de Ciências Educativas.

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