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Serviços Partilhados do Ministério da Saúde querem apostar mais na telemonitorização

Luís Goes Pinheiro explicou que estão a ser centrados esforços para “dar um impulso decisivo na criação de ferramentas de obtenção de dados no âmbito da telemonitorização”. O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde esteve na sessão de abertura da conferência “Saúde e bem estar nas smart cities”, organizado pela Fundação AIP e do qual o Jornal Económico é media partner.
22 Setembro 2020, 15h50

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) , Luís Goes Pinheiro, revelou esta terça-feira que na estratégia para a transformação digital na saúde a telemonitorização representa uma das prioridades, estando a decorrer um processo, apoiado por fundos europeus, para fomentar a criação de ferramentas de obtenção de dados destinados a este objetivo.

“A área da telemonitorização é uma área importantíssima. Temos hoje em dia a capacidade de recolha, de armazenamento, de tratamento de conjunto vastíssimo de dados e temos obrigação de caminhar nesse sentido. Por um lado, recolher mais dados, por outro lado garantir que esses dados recolhidos têm melhor tratamento””, disse esta terça-feira na sessão de abertura da conferência “Saúde e bem estar nas smart cities”, organizado pela Fundação AIP e do qual o Jornal Económico é media partner.

O ex-Secretário de Estado da Modernização Administrativa que assumiu a presidência do SPMS em março, explicou que estão a ser centrados esforços para “dar um impulso decisivo na criação de ferramentas de obtenção de dados no âmbito da telemonitorização”.

“O que queremos é que cada vez mais o cidadão, que não precisa de se deslocar presencialmente a uma unidade de saúde, o possa fazer, possa ter acesso à unidade de saúde ou à saúde à distância”, vincou, realçando que “as políticas de saúde têm que ser enquadradas em contexto. É fundamental que esses dados possam e devem ser consumidos por nós, tratados por nós e que de alguma forma tenhamos oportunidade de criar valor em cima deles”.

Luís Goes Pinheiro sublinhou que “não queremos os dados por gozo pessoal, queremos para atender melhor as pessoas”, destacando que a telesaúde teve um “impulso significativo na pandemia”, exemplificando com as ferramentas de videoconferência utilizadas em algumas consultas.

“O Ministério da Saúde acabam por ser associados e apenas no combate à pandemia, mas felizmente fazemos mais do que isso. Temos, na medida do possível, procurar implementar estratégia de fundo que venha a dar resultados a curto, médio e longo prazo”, disse.

Na estratégia para a transformação digital assinalou ainda a importância de alterações nas redes de comunicação, realçando que o SPMS permitiu “auto-estradas” de comunicação “capazes de servir melhor”, tendo ainda feito um “investimento nas redes locais do serviços de saúde”.

“Temos investimento em curso para concentração de infraestruturas que temos físicas, no sentido de reduzir o seu número. É mais um exemplo em que menos é mais. Queremos ter menos infraestruturas, eventualmente maiores do que as que existem hoje, mais uniformes do ponto de vista da tecnologia, mais fáceis de gerir e que nos permitam verdadeiramente um plano de negócio que satisfaça de forma plena as necessidades do setor”, frisou.

Destacou ainda o papel dos sistemas de informação usados diariamente por profissionais e utentes, sublinhando que este “é o momento que nos obriga a olhar para o que tem acontecido e tirar partido das mudanças que ocorreram”, que resultaram em “novos instrumentos” e mudanças nas “mentalidades”.

Dando como exemplo de adaptação dos sistemas o Trace Covid-19 sublinhou que esta plataforma já permitiu o registo de mais de 2.200 milhões de vigilâncias.

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