A cada hora, nas regiões do sul do país e na Madeira, foram detetados cerca de três casos (2,7%) de doenças oncológicas. Só nas populações de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e região autónoma da Madeira se registou, no ano de 2001, 24 327 novos casos de tumores malignos, o que corresponde a 66,6 por dia.
A diretora da plataforma, Ana Miranda, explicou à TSF que, ao fim de três anos da deteção da doença, a sobrevivência ao cancro da mama chega aos 87% mas no que diz respeito ao pulmão é de apenas 14%. Para a responsável, o envelhecimento não é a única justificação para o fenómeno. Em causa estão os maus hábitos alimentares dos portugueses, nos quais se inclui a comida processada.
De acordo com o mais recente relatório sobre o número de doenças oncológicas em Portugal, divulgado no início do ano passado, “assistiu-se, em 2014, a uma melhoria na acessibilidade dos doentes aos tratamentos oncológicos registando-se, em simultâneo, um aumento do número de cirurgias efetuadas no período em análise”.
O estudo “Portugal: Doenças Oncológicas em números – 2015” indica também que, comparativamente ao resto da Europa, regista-se que a mortalidade por motivos de cancro está abaixo da média, sendo que um dos motivos é o menor consumo de tabaco. “O cancro do Pulmão é o mais letal em Portugal, sendo responsável por 3 927 óbitos verificados em 2014”, aponta a investigação.
Esta quinta-feira é apresentada a publicação ROR-Sul ISM 2010|2011 (Registo Oncológico Regional do Sul), durante as XXIV Jornadas ROR-Sul, que decorrem desde dia 21.
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