[weglot_switcher]

Seul responsabiliza Pyongyang pela morte de Kim Jong-nam

O presidente sul-coreano, Hwang Kyo-ahn, teme que Kim Jong-un intensifique as suas “provocações” contra funcionários do Governo ou contra a Coreia do Sul “para desviar a atenção internacional” do crime.
  • KCNA/REUTERS
20 Fevereiro 2017, 10h04

O Governo sul-coreano vai reforçar a segurança do país, depois de ter dado como certa a implicação do regime norte-coreano no aparente assassinato do meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-nam. O presidente sul-coreano, Hwang Kyo-ahn, teme agora que o país vizinho possa levar a cabo atos terroristas contra funcionários do Governo ou contra a Coreia do Sul “para desviar a atenção internacional” do crime.

“Se juntarmos o anúncio das autoridades malaias e várias informações e circunstâncias, parece que o regime norte-coreano está por detrás do incidente”, afirmou esta segunda-feira Hwang Kyo-ahn, citado pela agência sul-coreana Yonhap.

Kim Jong-nam, meio-irmão mais velho do líder norte-coreano Kim Jong-un, morreu a caminho do hospital na passada segunda-feira, dia 13. Suspeita-se que terá sido envenenado por duas mulheres, alegadamente agentes operacionais norte-coreanas, no terminal de partidas internacionais do aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, onde ia apanhar um voo de regresso a Macau, onde residia.

As primeiras imagens, divulgadas pela televisão japonesas, de câmaras de videovigilância mostram que se terá tratado de um ataque deliberado e cuidadosamente planeado. Até agora, a polícia malaia deteve duas mulheres — uma vietnamita e uma indonésia — e dois homens —um malaio e um norte-coreano e procura mais quatro pessoas suspeitas de estarem também envolvidas no crime.

Segundo Hwang Kyo-ahn, o regime norte-coreano de Kim Jong-un está “claramente implicado” neste “ato criminoso desumano inaceitável” e pede a cooperação internacional para que a Coreia do Norte pague pelo “ato de terrorismo”.

“Isto demonstra claramente a natureza temerária e brutal do regime norte-coreano, que usa qualquer meio para manter o poder”, sustenta Hwang Kyo-ahn.

O presidente sul-coreano teme agora que Kim Jong-un intensifique as suas “provocações” ao país e já anunciou o reforço das políticas de segurança nacionais.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.