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Silva Peneda: “Era preferível um défice a 1,1%, se a folga orçamental significasse um alívio da carga fiscal das empresas”

Em entrevista ao “Jornal de Negócios” e à “Antena 1”, o antigo ministro do Governo de Cavaco Silva defende que a folga orçamental deveria ser canalizada para reduzir a carga fiscal sobre as empresas.
15 Abril 2018, 13h20

sO economista José Silva Peneda defende que a meta para o défice deste ano não devia ter sido revista em baixa, devendo ter-se mantido o objetivo para 2018 de um défice de 1,1%, tal como previsto no Orçamento do Estado. Em entrevista ao “Jornal de Negócios” e à “Antena 1”, o antigo ministro do Governo de Cavaco Silva defende que a folga orçamental deveria ser canalizada para reduzir a carga fiscal sobre as empresas.

“O problema da dívida resolve-se através do crescimento económico, não é através do controlo da despesa. O controlo da despesa não resolve o problema fundamental que é o crescimento do país, que se resolve através do alívio da carga fiscal para as empresas e disso eu não oiço falar”, afirma o social-democrata. “Seria preferível aumentar o défice ligeiramente e não ficar nos 0,7% mas ficar em 1,1%, como estava previsto, e essa folga ser remetida para o alívio da carga fiscal”.

O homem escolhido pelo líder do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, para coordenar a área sectorial da Solidariedade do novo Conselho Estratégico Nacional do partido considera que não há quaisquer benefícios num suposto cenário de eleições legislativas antecipadas. “Seria mau para todos, uma grande confusão”, indica.

José Silva Peneda afirma ainda que o novo presidente do PSD vai conseguir afirmar o seu estilo de liderança e garantir uma possível vitória nas eleições europeias, agendadas para o próximo ano. Em relação às eleições legislativas, o economista acredita que o PSD, “para vencer, tem de reconquistar a classe média, se não, dificilmente pode ganhar as eleições”.

 

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