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Sindicado do SEF acredita que fusão com a PSP “vai complicar muito a vida às outras forças de segurança”

Na opinião do presidente do sindicato da carreira de investigação do SEF, “não há nenhuma outra policia, à exceção da Policia Judiciária que tenha tão bons pergaminhos como o SEF em termos de direitos humanos e em matéria de combate ao racismo e à xenofobia”. 
14 Dezembro 2020, 16h30

O presidente do sindicato da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Acácio Pereira opôs-se esta segunda-feira, em conferência de imprensa, à transferência de competências do SEF para outras forças de segurança e garantiu que isso seria “deitar borda fora um bom serviço”.

“Qualquer pessoa que perceba de administração interna em Portugal sabe que não nenhuma outra policia de segurança possa fazer melhor do que aquilo que o SEF faz. Colocar as competência do SEF noutras polícias, as quais não têm nem a vocação do SEF, nem a preparação do SEF, nem a experiência do SEF, nem as competências do SEF, é deitar borda fora um bom serviço e complicar muito a vida às outras forças e serviços de segurança”, garantiu Acácio Pereira sobre uma possível fusão entre SEF e Polícia de Seguração Pública (PSP).

Na opinião do presidente do sindicato da carreira de investigação do SEF, “não há nenhuma outra policia, à exceção da Policia Judiciária que tenha tão bons pergaminhos como o SEF em termos de direitos humanos e em matéria de combate ao racismo e à xenofobia”.

Quanto à morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, Acácio Pereira, classificou o sucedido como “o episodio sinistro que levou à morte de um cidadão no aeroporto de Lisboa” e explicou que “assim como outros casos de abuso de poder possam ter existido são em todo o caso exceções ínfimas, no trabalho global do SEF e dos seus inspetores”.

“Dizer isto não é minimizar nem retirar gravidade ao que se passou, pelo contrário estamos aqui a reafirmar olhos nos olhos que é grave e não pode voltar a acontecer, o que estamos a afirmar, o que estamos a garantir aos portugueses é que não se trata der qualquer problema sistémico”, destacou Acácio Pereira sublinhando ser “imprescindível que a direção do SEF promova as ações necessárias para que facto idênticos nunca mais voltem a ocorrer”.

“E é imprescindível que o governo dote o SEF com os meios necessários para isso mesmo”, pediu Acácio Pereira acrescentando ser “preciso inverter a trajetória de degradação de condições de trabalho que tem marcado o SEF nos últimos anos”.

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