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Sindicato: CGD recusa negociação salarial que produza efeitos em 2022

“Perante esta situação lamentável e infelizmente recorrente, o STEC vai, obviamente, solicitar o início de negociações a partir de 13 de outubro, procurando, como sempre, pela via do diálogo, encontrar respostas para a situação aflitiva que muitos trabalhadores e reformados da CGD já estão a viver”, indica o sindicato. 
26 Setembro 2022, 11h02

O Sindicato de Trabalhadores das Empresas do grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) diz que o banco estatal recusa qualquer negociação que produza efeitos em 2022, uma vez que a tabela salarial foi negociada até ao final do ano. A Caixa refere, no entanto, que a partir de meados de outubro poderá arrancar a discussão sobre a nova proposta de revisão salarial.

No início de setembro, o SETC apresentou uma proposta de aumento salarial “com caráter excecional para o segundo semestre de 2022, de 4,79% com valor mínimo de 80 euros para todos”. Isto perante o “aumento brutal e súbito da inflação” que tornou “absolutamente absurdo e socialmente inoperante” o acordo salarial negociado em 2021 e que entrou em vigor em janeiro de 2022.

“Sem surpresa, a CGD recusa qualquer negociação que produza efeitos em 2022, com o argumento que a tabela salarial atual foi negociada até 31 de dezembro de 2022, mas reconhece que a partir de 13 de outubro de 2022 pode legalmente começar a negociar uma nova proposta de revisão salarial”, afirma o sindicato num comunicado divulgado esta segunda-feira, revelando a resposta da CGD à proposta apresentada.

O STEC acusa o banco de “nada dizer sobre a brutal e súbita subida da inflação e o galopante aumento de preço que todos os bens essenciais registam, escrevendo, pasme-se, que os atuais salários, prémios e promoções, são bastante generosos para fazer face à situação”.

“Perante esta situação lamentável e infelizmente recorrente, o STEC vai, obviamente, solicitar o início de negociações a partir de 13 de outubro, procurando, como sempre, pela via do diálogo, encontrar respostas para a situação aflitiva que muitos trabalhadores e reformados da CGD já estão a viver”, indica o sindicato.

Além disso, refere que “já solicitou audiências aos vários responsáveis políticos, nomeadamente, à tutela da CGD e ao Presidente da República, sendo que este último irá receber o STEC ainda hoje”, considerando “inaceitável que uma empresa que apresenta lucros astronómicos, não esteja disponível para assumir a sua responsabilidade social, apoiando os seus trabalhadores e reformados num dos momentos mais exigentes das últimas décadas”.

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