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Sindicato de trabalhadores do SEF lamenta que alterações ao serviço não tenham vindo mais cedo

O SCIF/SEF lembra os repetidos avisos e pedidos que endereçou aos Governos nacionais dos últimos 10 anos, lamentando que tenha sido necessária a morte de um cidadão ucraniano a cargo do SEF para que houvesse vontade política de promover alterações.
10 Dezembro 2020, 16h07

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) lamenta que tenha sido necessária a morte de um cidadão ucraniano a cargo do SEF em circunstâncias duvidosas a motivar a reestruturação anunciada do serviço, algo que o sindicato pedia já há alguns anos.

Sublinhando que a reestruturação do serviço não se deverá focar nos inspetores, especialmente quando baseada num episódio fora do que são as práticas comuns da “mais moderna, mais eficiente, mais competente e mais humanista das forças e serviços de segurança” nacional, o sindicato apela a que sejam apuradas todas as responsabilidades no caso em questão.

Além disso, a estrutural sindical pede que sejam tomadas ações em quatro áreas principais, nomeadamente na contratação de mais inspetores, na contratação de mais pessoal administrativo a quem deve ser atribuído um regime de carreira especial, na formação a dar aos inspetores do serviço e na construção de Centros de Instalação Temporária e equivalentes de raiz.

O sindicato lamenta ainda que estas alterações não tenham sido feitas no tempo certo, servindo agora de arma de arremesso político, deixando votos para que estas medidas tenham um impacto prático na defesa da segurança das fronteiras nacionais e dos cidadãos que as cruzam.

Recorde-se que o SEF tem estado debaixo de fogo nas últimas semanas, depois da morte de um homem ucraniano de 40 anos nas instalações no aeroporto de Lisboa do serviço. Ihor Homeniuk apresentava sinais de violência e maus-tratos, tendo sido agredido, amordaçado, amarrado e despido.

O episódio ocorreu em março, mas só na passada quarta-feira se demitiu a diretora do órgão, Cristina Gatões. Ainda assim, são várias as vozes políticas e da comunidade que pedem que sejam apuradas todas as responsabilidades, sendo que algumas bancadas parlamentares pediram mesmo a demissão de Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna.

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