Sindicato dos Médicos da Zona Sul exige demissão da administração do Amadora-Sintra

Num comunicado enviado à imprensa, o sindicato diz que “mais de dois meses após a demissão dos chefes e subchefes de equipa do Serviço de Urgência do Hospital Amadora-Sintra (HFF), o Conselho de Administração ainda não implementou nenhuma das medidas”, como o reforço das equipas de urgência, a disponibilização de consultas diárias no HFF para doentes não urgentes e a contratualização de mais camas de tipologia social.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) acusa a Administração do hospital Amadora-Sintra de não conseguir de resolver os problemas da Urgência daquela unidade, onde, “diariamente, continuam internados na urgência mais de uma centena de doentes, sem condições de dignidade”, exigindo a demissão do Conselho de Administração do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF).

Num comunicado enviado à imprensa, a entidade diz que “mais de dois meses após a demissão dos chefes e subchefes de equipa do Serviço de Urgência do Hospital Amadora-Sintra (HFF), o Conselho de Administração ainda não implementou nenhuma das medidas” que tinha apresentado após 29 de novembro, como o reforço das equipas de urgência, a disponibilização de consultas diárias no HFF para doentes não urgentes e a contratualização de mais camas de tipologia social.

Segundo o sindicato, nenhuma das medidas foi adotada, “incluindo as que dependem apenas da gestão interna”.

“As condições na urgência mantêm-se extremamente degradadas, com equipas profissionais exauridas e claramente insuficientes para a grande afluência de utentes. Diariamente, permanecem internados no SUG mais de 100 doentes, incluindo em macas nos corredores, em condições indignas. Esta grave situação não garante a segurança dos doentes e torna extremamente penoso o trabalho diário no SUG”, denuncia ainda o sindicato.

O SMZS exige ainda a “urgente intervenção do Ministro da Saúde no sentido de resolver a situação preocupante de uma das maiores urgências do país”.

“Os oito chefes e sete subchefes de equipas mantêm-se demissionários há mais de 70 dias, sem que até agora tenha sido visível qualquer diligência com vista à sua substituição. Apesar disso, têm cumprido integralmente as suas funções, no respeito pelo Código Deontológico e em boa-fé com as garantias dadas pelo CA para solucionar os problemas identificados”, sublinha o sindicato.

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