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Sindicato dos pilotos acusa Pedro Nuno Santos de compactuar com gestão da TAP que levará à falência da empresa

Depois da manifestação que reuniu 500 pilotos, o presidente do SPAC lançou críticas tanto à companhia aérea como ao ministro das Infraestruturas e da Habitação.
2 Agosto 2022, 10h10

Os pilotos da TAP estiveram em manifestação esta manhã e o presidente do Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC), Tiago Faria Lopes, criticou tanto a gestão da companhia aérea como a postura do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

“Esta gestão está a levar a empresa para o mesmo destino da Flybe, que foi uma empresa que entrou em falência e o ministro Pedro Nuno Santos está a compactuar com esta gestão. Não pode continuar assim”, disse Tiago Faria Lopes.

O presidente do SPAC questionou o plano de reestruturação da TAP, que tem justificado toda a gestão que consideram ser “danosa”. “A TAP muda de edifícios, contrata serviços externos cada vez mais a preços milionários, tem os aviões de carga parados. São milhões de euros e dizem sempre: isto é o plano de reestruturação”, sublinhou o representante do sindicato de pilotos.

Como as críticas a Pedro Nuno Santos estiveram tão presentes quanto à TAP, Tiago Faria Lopes pediu que “o ministro Pedro Nuno Santos assumisse o erro” relativamente ao plano de reestruturação da TAP.  “Esse erro mais vale assumir mais tarde do que nunca”, referiu.

Quanto às declarações da TAP sobre lamentar ainda não ter chegado a acordo com os pilotos, o presidente do SPAC voltou a falar de Pedro Nuno Santos e comparou a companhia aérea ao ministro das Infraestruturas que se diz “preocupado com os trabalhadores da TAP”, mas que depois as ações “nada andam de mãos dadas com as suas palavras”.

Esta terça-feira, os pilotos da TAP manifestaram-se no Terminal de Tripulações do Areeiro, em Lisboa, com uma adesão que a SPAC classificou como “massiva”, tendo reunido 500 pilotos.

Pouco depois do início da manifestação, a TAP emitiu um comunicado a lamentar ainda não ter chegado a um acordo com os pilotos.

“A TAP lamenta não ter ainda chegado a um acordo com os seus Pilotos, essenciais à Companhia, e mantém-se empenhada em encontrar soluções que permitam garantir a sustentabilidade da empresa e de todos os seus trabalhadores”, informou a companhia aérea em comunicado.

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