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Sindicatos apontam dedo ao governo: onde estão as listas de colocação dos professores?

Nas vésperas do arranque escolar, os sindicatos dos docentes acusam o Ministério da Educação de não ter ainda divulgado a lista de colocação dos professores.
30 Agosto 2018, 17h49

As escolas abrem portas na próxima segunda-feira, dia 3 de setembro, e quem nelas trabalha tem que se apresentar ao serviço. Onde?

“Às primeiras horas de hoje [quinta-feira, 30 de agosto], a maioria dos professores, mais de 80 mil, ainda não sabe em que escola do país irá trabalhar e, se for docente contratado, se irá ser colocado, tendo em conta que a sua apresentação terá de ocorrer já na próxima segunda-feira”, denunciou André Pestana, do Sindicato de Todos os Professores (STOP), em conferência de imprensa à porta da sede regional da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares, na cidade de Coimbra.

A FNE – Federação Nacional de Educação, afeta à UGT, considera que entende que o Ministério da Educação deve uma explicação aos portugueses pela  “incapacidade” em colocar nas escolas, com “suficiente antecedência”, os professores de que estas precisam para funcionarem.

“O ano letivo começa na segunda-feira, mas só na terça-feira [4 de setembro] é que milhares de professores vão apresentar-se nas escolas, porque o Ministério da Educação não anunciou até ontem, como, em limite, deveria fazer, as colocações dos professores que ainda são necessários”, diz a FNE.

Segundo esta estrutura sindical, o ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues deve justificar a colocação tardia dos milhares de professores que as escolas ainda tiveram de requisitar neste mês de agosto.

A FENPROF lidera o coro dos protestos. Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da maior estrutura sindical disse esta quinta-feira que “não basta abrir as portas das escolas, mas sim saber em que condições vão abrir”.

“Estamos a um dia útil do começo do ano escolar, altura de apresentação dos professores, alunos, reuniões, etc. A apresentação de alunos deverá ser em meados de setembro. Se perguntarmos se as portas das escolas vão abrir na segunda-feira é muito simples: vai lá alguém e abre a porta, o problema está em que condições”, salientou.

Mário Nogueira lembra que este ano ainda não foram colocados 20 mil professores da mobilidade interna, que no ano passado deu muita confusão e contestação, e a nível do pessoal não docente, as escolas continuam a ter um défice de assistentes operacionais.

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