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Sindicatos pedem ao Santander para suspender saída de pessoas durante o confinamento

Os três sindicatos – SNQTB, SBN e SIB – já fizeram chegar a sua posição à comissão executiva do Banco Santander liderada por Pedro Castro e Almeida. Os sindicatos pedem que durante o confinamento o processo de redução de pessoal fique suspenso.
  • Pedro Castro e Almeida
19 Janeiro 2021, 17h55

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN) e o Sindicato Independente da Banca (SIB) defendem que devido à atual situação de estado de emergência e confinamento, “o processo de reestruturação em curso no Banco Santander deve ser suspenso até à estabilização da situação do País, tendo como base a responsabilidade laboral, social ética e humanista”.

Os três sindicatos já fizeram chegar a sua posição à comissão executiva do Banco Santander.

Este comunicado surge depois de outro enviado esta terça-feira de manhã, dos sindicatos bancários — o Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) — que também defendem que o Santander suspenda o processo de rescisões amigáveis que tem atualmente em curso.

O Banco Santander decidiu implementar um plano de reestruturação, que, segundo foi comunicado, visa a otimização da sua estrutura, para os anos de 2020 e 2021, com especial incidência neste último ano. O número de trabalhadores abrangidos pelo processo de reestruturação não foi avançado.

Após o início desse processo de reestruturação, “ocorreu uma relevante alteração superveniente das circunstâncias, designadamente a implementação pelo decreto n.º 3-A/2021, de 14 de janeiro, do dever geral de recolhimento obrigatório, que, na prática, resulta num confinamento do País, cujos efeitos são atualmente desconhecidos e imprevisíveis”, invocam os sindicatos para sustentar este apelo ao banco liderado por Pedro Castro e Almeida.

“Face ao atual estado de emergência sanitária, ao sério agravamento da pandemia, e às medidas legais implementadas e a implementar, decorrem efeitos e riscos tão imprevisíveis, quanto gravosos, para os trabalhadores que nesta altura cessem os respetivos contratos de trabalho através de rescisões ou reformas antecipadas”, refere o comunicado conjunto dos sindicatos.

O Santander Totta reduziu 111 trabalhadores e fechou 40 agências nos primeiros nove meses de 2020, de acordo os resultado apresentados pelo banco em Novembro.

Em comunicado, o banco reportou que em setembro tinha 6.077 colaboradores em Portugal, o que traduzia uma redução de 111 pessoas face aos existentes em dezembro passado (as contas de 2019 indicavam 6.188 trabalhadores no final desse ano).

Quanto à rede comercial, o Santander Totta tinha 465 agências em setembro, neste caso menos 40 do que as 505 de final de 2019.

Já comparando com setembro de 2019, a redução de trabalhadores foi de 194 e as agências encerradas foram de 46.

O Santander Totta (detido pelo grupo espanhol Santander) está num processo de redução de trabalhadores, tendo proposto a funcionários (em reuniões individuais) rescisões de contrato por mútuo acordo.

A questão que se coloca é se os trabalhadores do Santander que saírem recebem indemnização, e terão acesso a subsídio de desemprego, ou não.

O banco não avançou com o número de colaboradores que quer reduzir.

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