Júlia Azevedo, presidente do SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores, acusa a tutela de nada fazer para resolver o problema do envelhecimento da classe docente, a sobrecarga de horários e de trabalho, e o desgaste daí resultante, além da precariedade na carreira docente.
Esta terça-feira, 24 de janeiro, a partir das 16h30 estará, na Comissão da Educação e Ciência da Assembleia da República onde vai alertar os deputados, em especial do PS, para a urgência do Governo abrir processos negociais que reponham a dignidade docente.
“É importante e urgente encontrar estratégias e convergir para soluções que vão ao encontro da melhoria das políticas educativas extremamente penalizadoras da carreira docente e da escola pública. Pelos nossos alunos, que se esperam futuros cidadãos críticos, agentes ativos na construção de um País desenvolvido, pela Escola Pública e por Portugal, a profissão de Professor/Educador tem de ser reconhecida e valorizada”, afirma Júlia Azevedo.
Além do descontentamento perante as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no que respeita aos concursos, os professores querem ver eliminado o regime das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões com efeitos retroativos pela recuperação integral do tempo de serviço, a redução da componente letiva por idade igual em todos os níveis de ensino revertendo para a componente individual de trabalho, a alteração ao regime da mobilidade por doença, o fim da precariedade na contratação com vinculação automática ao fim de três anos de serviço, a reposição da perda salarial, as não ultrapassagens na carreira entre docentes menos graduados por docentes mais graduados, entre outras.