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Síria: Abril foi o mês mais mortífero, revela Observatório para os Direitos Humanos

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos dá conta de que 225 civis terão morrido durante os ataques aéreos perpetados em território sírio. Entre as vítimas, contabilizam-se 36 mulheres e 44 crianças.
  • Khalil Ashawi/Reuters
25 Maio 2017, 18h33

225. Este foi o número total de mortos registados em ataques aéreos na Síria durante o último mês, de acordo com dados revelados esta quinta-feira pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Ao ataque perpetrado pelos Estados Unidos à base militar síria de Shayrat, seguiu-se uma escalada de violência em território sírio, sendo que este mês foi considerado pela organização como “o mais mortífero” desde que a coligação internacional começou a combater na guerra, em 2014.

“O último mês de operações militares na Síria foi o que registou o maior número de mortes entre os civis desde que a coligação internacional [liderada pelos Estados Unidos] começou a bombardear a Síria”, afirmou o chefe do Observatório, Rami Abdel Rahman. “Registou-se uma escalada de violência muito grande”.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos dá conta de que entre as vítimas, contabilizam-se 36 mulheres e 44 crianças. O número de mortes terá sido registado entre 23 de abril e 23 de maio, depois de, no início do mês, os Estados Unidos terem atacado a Síria em resposta a um alegado ataque químico contra os civis levado a cabo pelas forças de Bashar al-Assad.

Desde 2014, que a comunidade internacional liderada pelos Estados Unidos combate as forças rebeldes na Síria e procura pôr fim ao extremismo islâmico e aos anseios do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico de construir um califado em território sírio e iraquiano.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, indicou, na sexta-feira passada, que o presidente norte-americano, Donald Trump, “dirigiu uma mudança tática para empurrar autoproclamado Estado Islâmico para fora de locais considerados seguros, numa tentativa de desgastar e cercar o inimigo nas suas fortalezas para que possa depois ser aniquilado”.

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