“Continuam a chegar notícias dolorosas do noroeste da Síria, especialmente em relação às condições de muitas mulheres e crianças, de pessoas que se veem obrigadas a fugir devido à escalada militar”, disse o papa, durante a oração dominical do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Renovo o meu apelo à comunidade internacional e a todos os atores envolvidos, para que usem os instrumentos diplomáticos do diálogo e das negociações, no respeito pelo Direito Humanitário internacional, para salvaguardar as vidas dos civis”, acrescentou.
As forças armadas sírias retomaram no sábado o controlo da cidade estratégica de Saraqeb, na província de Idlib e no noroeste do país, após semanas de bombardeamentos e combates contra os ‘jihadistas’ e os rebeldes, anunciou a televisão estatal.
Saraqeb fica na junção de duas autoestradas chave, a M5 e a M4, que ligam as duas cidades mais importantes da Síria – Damasco e Alepo – e que o regime do Presidente Bashar al-Assad quer reconquistar para recuperar a economia devastada por quase nove anos de guerra.
Estas novas reconquistas surgem após a Turquia, que apoia alguns grupos rebeldes, ter enviado reforços para impedir um maior avanço das forças do regime.
Na sexta-feira, 350 veículos atravessaram a fronteira da Turquia para a Síria em direção a Idlib, segundo a agência estatal turca Anadolu.
Paralelamente, uma delegação encabeçada pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergéi Vershinin, começou em Ancara negociações com a Turquia sobre a situação na província de Idlib.
O regime de Assad lançou em dezembro a sua operação na região de Idlib, que já provocou o êxodo de cerca de 586.000 pessoas, segundo a ONU.
Desencadeada em 2011, a guerra na Síria já causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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