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Síria. Trump dá ordem para retirada total das tropas norte-americanas

Cerca de dois mil soldados norte-americanos passaram os últimos meses a combater pequenas forças do Daesh que ainda resistiam. Hoje, Donald Trump confirma que o Estado Islâmico foi derrotado na Síria e ordena, assim, a retirada das tropas norte-americanas do país.
19 Dezembro 2018, 15h55

Os EUA estão a preparar-se para retirar todas as suas tropas da Síria, anunciaram fontes oficiais citadas por vários meios de comunicação, incluindo o “Washington Post” e a ”CNN”. O presidente Donald Trump utilizou a sua conta de Twitter para confirmar que Estado Islâmico foi derrotado na Síria:

No Twitter, Donald Trump escreveu que “derrotamos o ISIS na Síria, o único motivo para estarmos lá durante o meu mandato”. Não deu, contudo, mais detalhes sobre o assunto.

Apesar dos EUA continuarem a manter tropas no Iraque com a capacidade de atacar a Síria, uma retirada das forças terrestres cumpriria um objetivo importante da Síria, do Irão e da Rússia e poderia diminuir a influência dos EUA na região.

Segundo as fontes ouvidas pelos referidos meios de comunicação, a decisão terá sido tomada na terça-feira e o Pentágono está a tentar demover Trump de avançar com a retirada das tropas, argumentando que se trata de uma “traição” aos militantes curdos e que isso dificultará, no futuro, os esforços dos EUA para ganhar a confiança de combatentes locais em países como o Afeganistão, Iémen e Somália.

“Até ao momento, continuamos a trabalhar com os nossos parceiros na região”, afirmou Rob Manning, porta-voz do Pentágono, ao canal noticioso norte-americano. “Qualquer relatório que indique uma mudança na posição dos EUA com respeito à presença militar dos EUA na Síria é falso e projetado para semear confusão e caos”, disse a entidade num comunicado no início deste mês.

Cerca de dois mil soldados norte-americanos passaram os últimos meses a combater pequenas forças do Daesh que ainda resistiam. No geral, praticamente todo o noroeste sírio já se encontra livre da Estado Islâmico. Não se sabe ainda se ficarão “para trás” contingentes mais pequenos, para ajudar no processo de reconstrução.

As forças norte-americanas têm estado a trabalhar junto da aliança Syrian Democratic Forces, os responsáveis pelo contínuo avanço militar na zona do central do vale do rio Eufrates.

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