Salah Ashkar vive na cidade síria de Aleppo e, nos últimos tempos, tem publicado vários vídeos no Twitter com descrições in loco daquilo que se vive na capital que está debaixo de fogo.
“Um míssil acabou de cair no teto do meu prédio. Agora, as pessoas que estavam à espera do autocarro têm de voltar a sua casa e procurar abrigo”, escreveu, esta manhã, depois de mais um bombardeamento.
A missile just fell on the roof of my building
— Karim Serjieh (@KarimSerjieh) December 14, 2016
Now the people who were waiting the buses have to run back for their lives again find shelter pic.twitter.com/WGGfc1BEdX
Na segunda-feira, outra jovem síria chamada Lina Shamy publicou um vídeo que se tornou viral nas redes sociais. Shamy reside em Aleppo e quis, da mesma forma, mostrar ao mundo a realidade que assombra a cidade, marcada por tiroteios e mortes.
“A todos os que conseguem ouvir, nós estamos aqui expostos ao genocídio em Aleppo. Este pode ser o meu último vídeo”, disse.
A ativista explicou no Twitter que houve “mais de 50 mil civis que se revoltaram contra o ditador Assad estão a ser ameaçados com execuções ou a morrer em bombardeamentos”. “Cada bomba é um novo massacre”, afirmou na mesma gravação.
To everyone who can hear me!#SaveAleppo#SaveHumanity pic.twitter.com/cbExEMKqEY
— Lina shamy (@Linashamy) December 12, 2016
O jornalista Bilal Abdul Kareem faz parte daqueles que escolheram a rede social para exprimir a sua opinião. “Talvez a minha última mensagem”, redigiu o antigo funcionário da CNN. Deixando de parte as formalidades da profissão, Abdul Kareem aproveitou para emitir esclarecerimentos à comunidade islâmica:
“Rapazes vocês cometeram um erro. Tinham mesmo uma oportunidade para serem os heróis, voar para aqui com uma capa e salvar estas pobres pessoas mas estragaram tudo”, realçou.
Perhaps my final message from E. Aleppo. Regime forces are closing in and bunker busters are raining down. pic.twitter.com/XgK0DSa08x
— Bilal Abdul Kareem (@BilalKareem) December 12, 2016
Depois de em março deste ano ter sido obrigado a abandonar a cidade síria de Palmira, o autoproclamado Estado Islâmico recuperou a cidade classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, depois de um fim-de-semana de intensos ataques aéreos perpetrados pela Rússia.
Um acordo para a retirada de civis e de combatentes insurgentes da cidade de Alepo foi alcançado na terça-feira com o Governo de Damasco. Horas antes, o Conselho de Segurança das Nações Unidas anunciou que iria reunir-se de urgência em resposta à situação em Alepo, após relatos de que as forças pró-sírias executaram dezenas de civis.
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