Sismo na Turquia. Erdogan anuncia que 45 países já se mostraram disponíveis para ajudar (com áudio)

Erdogan apontou que “nove mil pessoas estão a colaborar nos trabalhos de resgate e salvamento, número que aumenta constantemente com quem chega de fora à área do terramoto”. Portugal foi um dos países que já se disponibilizou para ajudar o país nas operações de resgate.

Dois sismos assolaram o sul da Turquia e o norte da Síria esta manhã e o presidente Recep Tayyip Erdogan revelou esta segunda-feira que mais de 45 países já disponibilizaram ajuda para as operações de salvamento que estão a decorrer.

“Começaram a ser estabelecidos contactos com o nosso país para ajuda internacional. Além da NATO e da União Europeia, recebemos ofertas de ajuda de 45 países”, escreveu o presidente turco no Twitter.

Erdogan apontou que “nove mil pessoas estão a colaborar nos trabalhos de resgate e salvamento, número que aumenta constantemente com quem chega de fora à área do terramoto”. O presidente notou que as atividades de busca e salvamento continuam em todos os prédios caídos.

Portugal foi um dos países que já se disponibilizou para ajudar o país nas operações de resgate. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que o Governo português já transmitiu a disponibilidade à União Europeia para integrar a equipa de apoio “nomeadamente ao resgate e no quarto de emergência médica”.

Para já, a Presidência da República notou que não existem vítimas portuguesas, quer na Turquia e na Síria. Também no Twitter, o primeiro-ministro português afirma que “os meus pensamentos estão com as famílias das vítimas e com todos os afetados pelo desastre” e que “Portugal está solidário e disponível para ajudar, em coordenação com os nossos parceiros”.

Os dados mais recentes dão conta da morte de 1.300 pessoas nos dois territórios, com a Turquia a registar o maior número de óbitos. O primeiro abalo, de 7,8 na escala de Richter, aconteceu pelas 4h17 (1h17 de Lisboa) e o segundo, de 7,5, aconteceu pelas 13h24 (10h24 de Lisboa). As réplicas sentidas também têm sido abalos fortes, chegando a atingir 6,7 na escala de Richter.

Erdogan notou que “este é o maior desastre desde 1939”. Só na Turquia, o número de feridos supera os cinco mil e dão conta de mais de 900 mortos, um número que deve subir nas próximas horas enquanto decorrem as operações de salvamento, uma vez que ainda existem muitas pessoas desaparecidas.

Por sua vez o último balanço da Síria dá conta de mais de 470 mortos em quatro zonas controladas pelo governo (Aleppo, Hama, Tartus e Latakia), enquanto os rebeldes notam mais de 220 mortos.

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