Sismo na Turquia. Extinto o incêndio no porto turco de Iskenderun

O incêndio de grande dimensões no porto de Iskenderun, no sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria, que começou após os violentos sismos que abalaram a região, foi hoje extinto, adiantou o Ministério da Defesa turco.

O ministério adiantou, através da rede social Twitter, que o incêndio foi extinto por helicópteros e aeronaves das forças terrestres e aéreas turcas, respetivamente.

A mesma fonte, citada pela agência de notícias turca Anadolu, também partilhou imagens dos esforços para combater o fogo que começou após os grandes terramotos que atingiram as províncias da região.

Imagens difundidas hoje pela televisão turca mostravam uma enorme coluna de fumo negro e espesso por cima dos contentores coloridos, armazenados num cais deste porto do Mediterrâneo, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O fogo teve origem após um dos contentores se ter virado sobre os outros, devido a uma das muitas réplicas do terramoto inicial, de magnitude 7,8.

Em comunicado, a Sealand, filial da transportadora dinamarquesa Maersk, destacou hoje que “o terremoto causou danos significativos à infraestrutura de transporte e logística no distrito de Pazarcik em Kahramanmaras, epicentro do terremoto, inclusive no porto de Iskenderun, junto à província vizinha de Hatay.

Esta empresa acrescentou que suspendeu todas as operações naquele porto.

A província de Hatay, na fronteira com a Síria, é uma das áreas mais afetadas pelo terremoto.

O balanço atualizado dos sismos que abalaram na segunda-feira a Turquia e a Síria – os mais violentos na região em quase um século – eleva para mais de 7.200 o número de mortos, indicaram hoje as autoridades.

Na Turquia, onde tiveram o epicentro os sismos de magnitude 7,7 e 7,6 na escala de Richter, a mais recente contagem elevou para 5.434 o número de mortos e o de feridos para 31.777, segundo os dados divulgados a partir de Hatay – uma das zonas mais afetadas – pelo ministro da Saúde, Fahrettin Koca.

Até agora, foram contabilizadas 435 réplicas de menor intensidade nas zonas afetadas, nas quais estão a trabalhar mais de 60.000 pessoas em missões de buscas e salvamento e remoção de escombros, no âmbito de um dispositivo que conta com mais de 100 aviões e helicópteros destacados.

O sismo causou também o desabamento de um total de 5.775 edifícios, segundo as autoridades, que indicam ainda que as réplicas e as baixas temperaturas estão a dificultar as missões de resgate e reduzem as hipóteses de encontrar sobreviventes à medida que passam as horas.

Na Síria, há 12 anos mergulhada numa guerra civil, a informação sobre vítimas provém, por um lado, do Governo do Presidente Bashar al-Assad e, por outro, do último enclave do país controlado pela oposição.

Os números totais indicam que no país morreram 1.832 pessoas e 3.849 ficaram feridas.

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