As imagens difundidas pela televisão turca mostram uma enorme coluna de fumo negro e espesso por cima dos contentores coloridos, armazenados num cais deste porto do Mediterrâneo, noticiou a agência France-Presse (AFP).
O desastre começou no final da tarde de segunda-feira e continua intenso desde então.
O fogo teve origem após um dos contentores se ter virado sobre os outros, devido a uma das muitas réplicas do terramoto inicial, de magnitude 7,8.
Desde segunda-feira têm sido feitas muitas tentativas pelos bombeiros de Istambul para tentar extinguir as chamas, referiu o autarca da capital económica do país, Ekrem Imamoglu.
As autoridades turcas também destacaram uma embarcação da guarda costeira equipada com mangueiras, mas as chamas continuam alimentando a coluna de fumo negro, que representa riscos de poluição.
Em comunicado, a Sealand, filial da transportadora dinamarquesa Maersk, destacou hoje que “o terremoto causou danos significativos à infraestrutura de transporte e logística no distrito de Pazarcik em Kahramanmaras, epicentro do terremoto, inclusive no porto de Iskenderun, junto à província vizinha de Hatay.
Esta empresa acrescentou que suspendeu todas as operações naquele porto.
A província de Hatay, na fronteira com a Síria, é uma das áreas mais afetadas pelo terremoto.
O número de mortos provocados pelos fortes sismos que atingiram na segunda-feira o sudeste da Turquia e a vizinha Síria aumentou para 6.256, indicou hoje um novo balanço provisório divulgado pelas autoridades turcas.
O anterior balanço apontava para mais de cinco mil mortos na Turquia e na Síria.
Só na Turquia, o número de vítimas mortais subiu para 4.544, de acordo com a Proteção Civil turca (AFAD), que anteriormente tinha contabilizado pelo menos 3.500 mortos e 22.000 feridos no país.
Segundo uma estimativa hoje avançada pela Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas afetadas pelos sismos pode chegar aos 23 milhões.