O sistema de saúde dos militares das Forças Armadas vai ter, no final deste ano, uma dívida de quase 90 milhões de euros. Em comparação com o ano passado, o buraco financeiro da Assistência na Doença aos Militares (ADM) aumentou 30%, em resultado de um desequilíbrio crónico entre as receitas e as despesas do organismo liderado pelo general Rui Xavier Matias, avança o jornal “Correio da Manhã”.
A ADM vai fechar o ano com um crescimento de 20,7 milhões de euros na dívida, o que, segundo o Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA), é “uma situação financeira crítica, de natureza estrutural”. A IASFA explica que a ADM tem uma receita de cerca de 73 milhões de euros, mas a despesa atinge quase 94 milhões de euros, o que significa que “o montante total [da receita] não cobre as despesas anuais”.
Tal desequilíbrio financeiro, explica a IASFA, “decorre do facto de este organismo suportar encargos que deveriam ser responsabilidade de outras entidades, nomeadamente do SNS [Serviço Nacional de Saúde] e do SRS [Serviço Regional de Saúde]”. A crise na ADM é um dos maiores desafios do novo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que poderá ter de fazer mudanças na gestão do IASFA.
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