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Smart Cities: presidente da Altice Portugal diz que iniciativa privada tem de ser responsável por desenvolvimento

“Nem todas as ações necessárias à construção de uma smart city são responsabilidade direta do município, muitas ações são responsabilidade da atividade privada e do cidadão, cabendo ao município e à administração central criar condições e incentivar a que essas ações aconteçam”, afirmou Alexandre Fonseca.
  • PT Portugal, Lisboa, 2015-07-06: Sessão de estúdio de Alexandre Filipe Fonseca, Chief Tecnology Officer (CTO) do Comité Executivo da Portugal Telecom, realizada no Edifício Picoas, em 6 de julho de 2015.
11 Abril 2018, 18h47

O presidente-executivo da Altice Portugal defendeu esta quarta-feira que a responsabilidade pelos projetos para o desenvolvimento das cidades inteligentes deve ser, em grande parte, da iniciativa privada, cabendo ao Estado a função de criar as condições para que se isso aconteça.

Alexandre Fonseca, que falava no âmbito da Portugal Smart Cities Summit, em Lisboa, defende que nem todos os projetos têm de ser concretizados pelos municípios.

“Nem todas as ações necessárias à construção de uma smart city são responsabilidade direta do município, muitas ações são responsabilidade da atividade privada e do cidadão, cabendo ao município e à administração central criar condições e incentivar a que essas ações aconteçam”, afirmou

“[Cabe] à atividade privada a visão e o investimento no desenvolvimento para encontrar novas formas de reinventar as cidades e cabendo aos cidadãos a sua responsabilização da adoção dessas novas soluções e na aderência às novas formas de gestão e de vivência nas cidades”, acrescentou.

A Portugal Smart Cities Summit decorre entre esta quarta-feira e sexta-feira, 13 de abril, no Centro de Congressos de Lisboa, numa organização da Fundação AIP e da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).

Alexandre Fonseca, que falava durante o painel de encerramento do primeiro dia de trabalhos, referiu que, “ao longo dos tempos, as autarquias foram sempre fazendo mais, foi-lhes exigido mais, foram-lhes dadas mais atribuições, mais competências, mais responsabilidades, mas quase sempre sem aumento de dotações orçamentais”, o que criou dificuldades. “A realidade de hoje não é distinta, pois as autarquias todos os anos demonstram claras dificuldades de investimento público devido aos encargos fixos a que estão obrigadas para fazer face à disponibilização de boas condições de vida à comunidade”, disse, apontando, seguidamente, “por isto, a tecnologia é talvez o melhor parceiro para o nosso território”.

“A tecnologia veio simplificar, facilitar, aumentar a eficiência e, tudo isto, a custos bem mais baixos para a nossa sociedade”, afirmou.

O presidente-executivo da Altice Portugal defendeu que a aplicação estratégica da tecnologia às cidades e aos municípios permitiu o desenvolvimento dos conceitos de cidades e de regiões inteligentes e disse que a empresa está focada em responder a desafios em áreas como a Energia, Água, Ambiente e Resíduos, Educação, Economia, Mobilidade e Segurança.

A Portugal Smart Cities Summit reúne empresas, municípios, startups e universidades naquele que é o maior evento destinado a stakeholders relacionados com temáticas das cidades inteligentes.

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