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“Só quero que a fábrica seja aberta!”. Trump pressiona GM para reabrir unidade industrial

Pelo canal do costume, o Twitter, o presidente norte-americano comparou a falta de comprometimento da General Motors com os novos investimentos da nipónica Toyota nos Estados Unidos.
18 Março 2019, 16h33

O presidente norte-americano, Donald Trump, intensificou a pressão sobre a General Motors (GM) para reabrir a unidade industrial de Ohio, que fechou recentemente e deixou 1.700 desempregados – depois de ver disparar o preço de algumas das suas matérias-primas, por via das alterações alfandegárias impostas pela administração norte-americana.

Num dos seus últimos tweets sobre o tema (registados no passado fim-de-semana), o presidente revelou que expressou mais uma vez a sua frustração durante uma conversa com a diretora-geral da GM, Mary Barra.

“Não estou feliz que a fábrica esteja fechada quando todo o resto do país está a crescer”, escreveu Trump. “Pedi-lhe para vendê-la ou fazer alguma coisa em breve. Ela culpou os sindicatos, mas não me importo, só quero que a fábrica seja aberta!”

O referido sindicato é o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Automóvel (UAW), que representa os funcionários que perderam os seus empregos devido ao fecho da fábrica de Lordstown. Trump já havia dito a um dos líderes do UAW, David Green, para alterar os procedimentos daquela estrutura.

A General Motors disse, em comunicado divulgado neste domingo, que o futuro das unidades industriais cujo encerramento está programado “será resolvido entre a GM e o UAW”. O grupo automóvel também indicou que tem “oportunidades disponíveis para praticamente todos os funcionários afetados” nas fábricas que vão fechar. “O nosso foco principal permanece concentrado nos nossos funcionários e oferecemos-lhes trabalho nas nossas fábricas onde temos oportunidades de crescimento”, disse a GM.

Trump pediu à General Motors para reabrir a fábrica de Lordstown ou para, alternativamente, encontrar um novo proprietário que defenda os postos de trabalho, e insistiu que o grupo “deve agir rapidamente”. O presidente também criticou a GM por desapontar os Estados Unidos e garantiu que construtores automóveis “muito melhores” estão a chegar ao país.

Trump elogiou a japonesa Toyota pelos seus investimentos em território americano, numa aparente tentativa de acantonar a GM como uma empresa menos comprometida com o seu país de origem do que o grupo nipónico.

O encerramento da fábrica de Lordstown transformou-se numa questão complicada, numa geografia onde, nas eleições de 2016, Trump venceu – e onde por certo quer repetir a vitória em 2020, se se confirmar que se recandidatará a mais um mandato.

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