O presidente norte-americano, Donald Trump, intensificou a pressão sobre a General Motors (GM) para reabrir a unidade industrial de Ohio, que fechou recentemente e deixou 1.700 desempregados – depois de ver disparar o preço de algumas das suas matérias-primas, por via das alterações alfandegárias impostas pela administração norte-americana.
Num dos seus últimos tweets sobre o tema (registados no passado fim-de-semana), o presidente revelou que expressou mais uma vez a sua frustração durante uma conversa com a diretora-geral da GM, Mary Barra.
“Não estou feliz que a fábrica esteja fechada quando todo o resto do país está a crescer”, escreveu Trump. “Pedi-lhe para vendê-la ou fazer alguma coisa em breve. Ela culpou os sindicatos, mas não me importo, só quero que a fábrica seja aberta!”
O referido sindicato é o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Automóvel (UAW), que representa os funcionários que perderam os seus empregos devido ao fecho da fábrica de Lordstown. Trump já havia dito a um dos líderes do UAW, David Green, para alterar os procedimentos daquela estrutura.
A General Motors disse, em comunicado divulgado neste domingo, que o futuro das unidades industriais cujo encerramento está programado “será resolvido entre a GM e o UAW”. O grupo automóvel também indicou que tem “oportunidades disponíveis para praticamente todos os funcionários afetados” nas fábricas que vão fechar. “O nosso foco principal permanece concentrado nos nossos funcionários e oferecemos-lhes trabalho nas nossas fábricas onde temos oportunidades de crescimento”, disse a GM.
Trump pediu à General Motors para reabrir a fábrica de Lordstown ou para, alternativamente, encontrar um novo proprietário que defenda os postos de trabalho, e insistiu que o grupo “deve agir rapidamente”. O presidente também criticou a GM por desapontar os Estados Unidos e garantiu que construtores automóveis “muito melhores” estão a chegar ao país.
Trump elogiou a japonesa Toyota pelos seus investimentos em território americano, numa aparente tentativa de acantonar a GM como uma empresa menos comprometida com o seu país de origem do que o grupo nipónico.
O encerramento da fábrica de Lordstown transformou-se numa questão complicada, numa geografia onde, nas eleições de 2016, Trump venceu – e onde por certo quer repetir a vitória em 2020, se se confirmar que se recandidatará a mais um mandato.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com