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Sobreviventes de Auschwitz regressam ao campo da morte 75 anos depois para impedir que o mundo esqueça

“Voltei para não esquecer nenhum detalhe do que aconteceu comigo, para manter as lembranças vivas e impedir que o mundo adquira amnésia”, disse o sobrevivente Benjamin Lesser que chegou ao campo de concentração quando tinha 16 anos.
  • Auschwitz
27 Janeiro 2020, 13h09

Foi no dia 27 de janeiro de 1945 que os soldados do exército vermelho russo libertaram o campo de concentração nazi de Auschwitz Hoje, 75 anos depois da libertação, cerca de 200 sobreviventes reúnem-se no antigo campo para recordar o dia da libertação de Auschwitz.

No campo de Auschwitz foram assassinadas 1,1 milhões de pessoas, sendo a maioria judeus.

Na chegada ao campo de concentração nazi situado na Polónia, os sobreviventes recordaram as duras lembranças dos tempos do holocausto e do regime nazi de Adolf Hitler, conta o The Guardian.

Durante a visita, Benjamin Lesser, judeu polaco de 92 anos cuja família foi enviada para o campo em 1944, sublinhou que “o holocausto foi patrocinado e aprovado pelo governo. Eles não permitiram simplesmente que isso acontecesse, aplicaram-no e incentivaram pessoas comuns a tornarem-se assassinos”.

“Voltei para não esquecer nenhum detalhe do que aconteceu comigo, para manter as lembranças vivas e impedir que o mundo adquira amnésia”, acrescentou o sobrevivente que chegou ao campo de concentração quando tinha 16 anos. Lesser admitiu a importância de relembrar o acontecimento que chocou o mundo devido à preocupação generalizada com o aumento dos ataques terroristas na Europa e América do Norte.

O presidente do Congresso Judaico Mundial, Ronald Lauder, responsável pelo financiamento que permitiu o regresso de mais de 100 sobreviventes ao local onde foram presos, assumiu que “o ênfase está nos sobreviventes e não nos líderes políticos” que visitam o espaço. “Provavelmente não haverá outro grande aniversário [com sobreviventes] pois já perdemos muitos deles”, sublinhou o presidente.

Atualmente, os sobreviventes têm entre 75 e 101 anos, sendo que a sobrevivente mais nova nasceu ainda no campo. Os sobreviventes que estarão presentes na celebração viajaram para Auschwitz de quase todo o mundo, sendo muitos que os principais são provenientes da América do Norte, Europa, Israel, América do Sul e Central e Austrália.

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