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Sobrinho Simões recusou ser ministro de Durão Barroso a convite de Rui Rio

Sobrinho Simões, crítico do estado do ensino da Medicina em Portugal, também aponta, como falhas na gestão do SNS, não existirem “lideranças fortes, avaliá-las e recompensá-las”. E acrescenta: “tal como está o público hoje, não consegue segurar os Sobrinho Simões do futuro”.
26 Janeiro 2018, 15h06

Sobrinho Simões, professor, médico, eleito o patologista mais influente do mundo, em entrevista à Antena 1 afirmou que foi sondado por Rui Rio para ser ministro do então Governo liderado por Durão Barroso.

Rui Rio, atual presidente do PSD, assegurou-lhe que seria apenas uma questão de demonstrar disponibilidade para assumir o cargo mas Sobrinho Simões respondeu que sendo ele “amiguinho do outros (PS)…”, com o qual, apesar de não ser militante, teve sempre uma “relação sólida”, não seria assim tão fácil. Agora, questionado porque não quis ser ministro, responde: “Porque não acho graça. E ia ser mau, porque eu sou muito orgulhoso”.

Nesta entrevista, o médico também lamentou a degradação do ensino da Medicina em Portugal. Por causa da falta de dinheiro, de organização e “a lógica do consumismo médico (os exames e as tac’s), da produtividade e das consultas externas” que ainda não foi invertida por este Governo.

Contudo, Sobrinho Simões não deixou de elogiar a boa intenção do Ministério da Saúde, que entretanto esbarrou na falta de dinheiro, de “finalmente articular as faculdades de Medicina com os hospitais e institutos de investigação e proporcionar aos médicos 30% do tempo para investigar. “Isto obrigaria a que o Ministério da Saúde colocasse mais 30% de médicos nos hospitais. Só que o Ministério não tem dinheiro para isso e estamos a piorar o ensino médico”, salientou o médico. Para Sobrinho Simões é igualmente um o problema o facto de a Universidade não reconhecer as faculdades de Medicina são mais caras do que as outras.

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