O Société Générale publicou esta manhã o seu plano estratégico até 2026, que acelera a estratégia de corte de custos do banco francês, com o objetivo de reforçar os lucros e reconquistar os investidores perdidos nos últimos meses.
Lucros do Société Générale somam 900 milhões no segundo trimestre
O CEO, Slawomir Krupa, estima um aumento entre 0% e 2% nas receitas até 2026, pelo que será através do corte de custos, de 1,7 mil milhões de euros, que o SocGen pretende baixar o rácio “cost to income”, que mede a eficiência, abaixo de 60%.
O banco francês vai também elevar o rácio de capital CET1 para 13% e o ROTE (rentabilidade) para 9% a 10%, segundo os jornais internacionais citados na newsletter Morning Call da BA&N.
O banco francês pretende distribuir aos acionistas entre 40% a 50% dos lucros e recomprar ações a partir de 2024.
Os investidores esperavam targets mais agressivos, pelo que as ações tombaram 12,05%.
Para além da partilha dos novos objetivos financeiros, rentabilidade, eficiência operacional e distribuição de dividendos, o banco avançou com metas de ESG.
O jornal francês Le Monde avança que o Société Générale anunciou também a redução de 50% na sua exposição ao petróleo e gás, no âmbito do novo plano estratégico trienal. O novo CEO do banco, Slawomir Krupa, anunciou, nesta segunda-feira, que o banco vai ser mais “verde” já que o objetivo é reduzir a sua exposição ao setor de produção de petróleo e gás em 50% face a 2019, até 2025, acima dos 20% que estimava anteriormente, e espera também reduzir em 80% essa exposição até 2030.
O anúncio foi feito em Londres, durante a apresentação aos investidores do seu roadmap para os próximos três anos.
O documento especifica ainda um objetivo de cessação da oferta de produtos e serviços financeiros, dedicados a projetos de novos campos de produção de petróleo e gás, a partir de 1 de janeiro de 2024.
A Société Générale anunciou também o lançamento de um fundo de investimento dedicado à transição energética, com mil milhões de euros, para “acelerar o desenvolvimento de soluções e projetos de transição energética baseados na natureza e no impacto”.