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Soldados de Azovstal que se renderam às forças russas podem enfrentar pena de morte

No sábado, Emmanuel Macron e Olaf Scholz pediram a Vladimir Putin que ordenasse a libertação dos 2.500 soldados ucranianos retidos naquela siderurgia e que foram feitos prisioneiros de guerra.  
1 Junho 2022, 13h42

Os militares ucranianos que se renderam às forças russas na fábrica de aço de Azovstal, localizada na cidade ucraniana de Mariupol, poderão enfrentar a pena de morte, de acordo com um funcionário separatista pró-Moscovo, citado pela agência noticiosa “RIA Novosti”.

“O tribunal tomará uma decisão sobre eles”, Yuri Sirovatko, o ministro da justiça da autoproclamada República Popular de Donetsk, adiantando que “para tais crimes”, existe “a forma mais elevada de punição na DNR [República Popular de Donetsk] – a pena de morte”.

De acordo com Sirovatko, “todos os prisioneiros de guerra estão no território da DNR”, havendo cerca de 2.300 soldados de Azovstal entre eles.

De acordo com o “The Moscow Times”, este mês centenas de elementos das forças armadas ucranianas do porto estratégico de Mariupol, na costa do Mar de Azov, no sudeste do país, renderam-se depois de se terem mantido em túneis subterrâneos na siderurgia de Azovstal durante semanas.

Kiev já fez saber que pretende trocar os soldados de Azovstal por prisioneiros russos, um cenário que Moscovo rejeitou de imediato, dado que pretende levá-los primeiramente a julgamento.

Entre os combatentes ucranianos que se entregaram às forças militares do Kremlin encontram-se membros do regimento Azov, uma antiga unidade paramilitar que integrou as forças armadas ucranianas e que tem ligações anteriores a grupos de extrema-direita.

No sábado, Emmanuel Macron e Olaf Scholz pediram a Vladimir Putin que ordenasse a libertação dos 2.500 soldados ucranianos retidos naquela siderurgia e que foram feitos prisioneiros de guerra.

“O presidente da República e o chanceler alemão pediram a libertação de cerca de 2.500 defensores de Azovstal feitos prisioneiros de guerra pelas forças russas”, divulgou a Presidência francesa, após uma conversa telefónica entre os três líderes.

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