Os soldados russos que tomaram Chernobyl foram enviados em missão “suicida” em fevereiro porque não usaram equipamentos de proteção e os veículos entraram por uma zona altamente tóxica chamada “Floresta Vermelha”, levantando poeira radioativa à medida que avançavam, disseram dois trabalhadores do local à “Reuters”.
Uma das fontes afirmou que era “suicida” porque a poeira radioativa que os soldados inalavam deve provocar radiação interna no seus corpos.
“Um grande comboio de veículos militares passou por uma estrada logo atrás de nossas instalações e esta estrada passa pela Floresta Vermelha”, disse. “Levantou uma grande coluna de poeira. Muitos sensores de segurança de radiação mostraram níveis excedidos”.
O diretor geral interino da central, não presente no momento disse que foi informado por testemunhas. . “Ninguém vai lá [na Floresta Vermelha]… pelo amor de Deus. Não há ninguém lá”, informou à Reuters.
As autoridades ucranianas disseram a 25 de fevereiro que houve um aumento nos níveis de radiação em Chernobyl como resultado de veículos militares pesados perturbando o solo.
Agora, trabalhadores que estavam em serviço — a equipa de que fazem parte é responsável pelo armazenamento seguro do combustível nuclear usado e pela supervisão dos restos do reator que explodiu em 1986 — adiantam que as forças estiveram na área mais contaminada que está fora dos limites até para trabalhadores.
Os militares russos disseram depois de capturar a central que a radiação estava dentro dos níveis normais e que as suas ações impediram possíveis “provocações nucleares” por nacionalistas ucranianos.