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Sonae e Navigator fazem avançar PSI 20

A bolsa portuguesa avança 1,29%, para 5.016, 31 pontos, por volta do meio da sessão desta terça-feira. Os investidores estão na expectativa perante as contas dos CTT e da Jerónimo Martins.
  • Reuters
30 Outubro 2018, 13h12

O principal índice bolsista português, PSI 20, avança 1,29% para 5.016, 31 pontos, esta terça-feira, quando as principais praças europeias seguem mistas. Em Lisboa, o índice é impulsionado pelas empresas cotadas do grupo Sonae, pela Nos, pela Navigator e pela Pharol. A liderar os ganhos está a Sonae SGPS, que valoriza 3,84%, para 0,89 euros, quando também a Sonae Capital ganha 2,05%, para 0,74 euros.

A Pharol que cresce 3,03%, para 0,14 euros, beneficia mesmo depois de a brasileira Oi, da qual é acionista, responsabilizar judicialmente a gestora de participações por atrasos ou prejuízos à recuperação nos tribunais. A ‘telecom’ brasileira fez saber, em comunicado, que “responsabilizará a Pharol, nos meios judiciais cabíveis [adequados], por qualquer atraso ou prejuízo que vier a ser causado” pela empresa portuguesa “à recuperação da companhia e a manutenção de toda a sua cadeia de produção e stakeholders“.

Esta terça-feira, a Navigator avança 2,68%, para 4,44 euros, após a a papeleira ter apresentado, antes do início de sessão, uma subida de 18% no lucro dos primeiros nove meses do ano. De acordo com o trader do Millennium bcp, Ramiro Loureiro, o PSI 20 mostra-se “resiliente com a Navigator a responder bem aos números”.

“A empresa destacou o facto de as autoridades americanas terem revisto a taxa de dumping a aplicar nas vendas de papel nos Estados Unidos para o primeiro período de revisão para 1,75%. Assim, o EBITDA atingiu os 115 milhões de euros (incluindo o impacto do anti-dumping), em linha com o segundo trimestre e face aos 116 milhões de euros estimados pelo CaixaBank BPI Research”, sublinham os analistas do BPI.

O setor bancário também está a ser alvo de atenções, após o BPI/CaixaBank ter estimado que os lucros do BCP terão mais que duplicado para 93 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano. O banco antecipou lucros mais do que duplicar no terceiro trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado. Numa nota de análise prevê-se que o banco liderado por Miguel Maya terá fechado o terceiro trimestre com um resultado líquido de 93 milhões de euros, que compara com os 43 milhões obtidos entre julho e setembro de 2017. O valor traduz ainda uma melhoria face aos três anteriores, período em que o BCP registou lucros de 65 milhões de euros. O BCP ganha 1,95%, para 0,22 euros.

A retalhista Jerónimo Martins também estará em evidência nesta sessão, uma vez que os investidores aguardam pela divulgação das contas da empresa –  ganha 1,10%, para 11,53 euros. “A retalhista deverá ter apresentado um crescimento anual de 5% nas suas receitas para os 4400 milhões de euros. O EBITDA ter-se-á fixado nos 263 milhões de euros, o que significa um aumento anual de 4% e o resultado líquido terá ascendido aos 114 milhões de euros, indicando assim um acréscimo de 2% face ao mesmo período do ano anterior”, de acordo com uma nota do CaixaBank/BPI Research.

Também os CTT vão apresentar resultados hoje. A empresa cotada sobe 1,86%, para 3,28 euros. A research do CaixaBank/BPI estima que os CTT apresentarão receita no valor de “166 milhões de euros, um EBITDA de 19 milhões de euros (representativo de um crescimento anual de 24%) e um resultado líquido de 5 milhões de euros”.

No resto da Europa, entre as principais praças europeias, o alemão Dax perde 0,29%, o francês CAC 40 recua 0,27% e o italiano FTSE MIB cai 0,17%. Apenas o espanhol IBEX 35 regista ganhos.

No mercado petrolífero, o Brent afunda 1,37%, para 76,28 dólares, enquanto o WTI cai 1,04%, para 66,34 dólares.

Entre as divisas, o euro deprecia 0,13% face à moeda norte-americana, para 1,13 dólares.

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