As ações da Sonae Indústria afundaram 10,5% esta manhã, para 2,71 euros, depois de o vice-presidente, Carlos António Rocha Moreira da Silva, através da Teak Capital, ter reduzido a sua exposição na empresa industrial. O título chegou a valer 2,67 euros esta quarta-feira, o que corresponde a mínimos de novembro de 2017.
“Os investidores estão apreensivos porque se nem o vice-presidente da empresa compra as ações algo poderá estar mal”, resume Paulo Rosa, analista do Banco Carregosa, ao Jornal Económico.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, a empresa anunciou que assinou um contrato com a maior acionista, a Pareuro, para a compra de 2 milhões de ações representativas de 4,40% capital social da firma do grupo Sonae, ao preço de 4,20 euros cada.
“O capital social da Teak Capital é detido em 40% pelo Eng. Carlos Moreira da Silva, em 45% pela sua mulher (com separação de pessoas e bens) Dra. Fernanda Arrepia e em 15% pela TPR BV, que por sua vez é detida, em partes iguais, pelos 3 filhos do Eng.º Carlos Moreira da Silva, Tiago Moreira da Silva, Pedro Moreira da Silva e Raquel Moreira da Silva, sendo os referidos Fernanda Arrepia e Tiago Moreira da Silva administradores da TEAK”, assinala a mesma nota.
No mês passado, a empresa anunciou uma subida nos lucros de 39%, para 15,3 milhões de euros, em 2017, e uma redução de dívida líquida proporcional de cerca de 11 milhões de euros face a 2016. “Considerando a participação de 50% na Sonae Arauco, “o EBITDA recorrente proporcional atingiu cerca de 89 milhões de euros, com uma margem de 14%. A dívida líquida proporcional situou-se nos 301 milhões de euros, com um rácio de alavancagem de 3,4x”, adiantou o grupo.
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