Sonae Indústria confiante no regresso “muito próximo” ao lucro

O presidente executivo da Sonae Indústria afirmou-se convicto num “muito próximo” regresso da empresa ao lucro, já que o redimensionamento industrial dos últimos anos fica concluído com a alienação de três fábricas em França e Espanha. “Estamos a trabalhar para ter lucro o mais depressa possível e acreditamos que estamos muito próximos”, afirmou Rui Correia […]

O presidente executivo da Sonae Indústria afirmou-se convicto num “muito próximo” regresso da empresa ao lucro, já que o redimensionamento industrial dos últimos anos fica concluído com a alienação de três fábricas em França e Espanha.

“Estamos a trabalhar para ter lucro o mais depressa possível e acreditamos que estamos muito próximos”, afirmou Rui Correia na apresentação dos resultados de 2014 da empresa de painéis derivados de madeira, sediada na Maia, mas com 21 fábricas na Alemanha, Península Ibérica, França, Canadá e África do Sul.

Segundo salientou, o resultado líquido negativo de 116 milhões de euros em 2014 (um agravamento face ao prejuízo de 78 milhões de euros de 2013) teve “uma componente muito grande de [custos] extraordinários e não recorrentes” relacionada com o processo de redimensionamento industrial que, nos últimos anos, tem motivado a redução do nível de ativos com o encerramento/venda de várias fábricas do grupo.

Questionado pela agência Lusa sobre um eventual regresso ao lucro já no exercício de 2015, o gestor admitiu ser “muito difícil até porque a reestruturação, embora com custos muito inferiores ao ano passado, ainda implica algum ajustamento” este ano.

Conforme adiantou, depois da alienação em 2014 de duas fábricas em França e do encerramento de uma outra na Galiza, para além da cessação da atividade de revestimento de painéis numa das fábricas da Alemanha, a estratégia de redimensionamento termina com a venda, este ano, das duas fábricas que a Sonae Indústria ainda detém em França e de uma outra em Espanha.

“O nosso objetivo é encontrar compradores para aquelas fábricas”, disse Rui Correia, afirmando esperar ter “novidades, seguramente, ao longo deste ano”.

Esta estratégia implica que a Sonae Indústria deixará de ter atividade industrial em França que, segundo o administrador, “é um grande mercado” que pode ser abastecido a partir das fábricas da Península Ibérica e da Alemanha, contornando-se assim as muitas dificuldades encontradas na reestruturação das unidades francesas, cuja trajetória negativa durante vários anos o grupo tentou inverter.

“Não podíamos continuar a operar fábricas que consomem fundos sem perspetiva de inversão da tendência”, sustentou Rui Correia, admitindo que “França sempre foi o patinho feio da Sonae Indústria” e que a estratégia da empresa “tem sido focar-se nos melhores ativos que tem”.

Depois do investimento de 43 milhões de euros realizado no ano passado, a maioria do qual em melhorias estratégicas nas unidades de Oliveira do Hospital, em Portugal, e de Nettgau, na Alemanha, a empresa do universo Sonae está ainda “a estudar” as apostas para este ano.

Contudo, antecipou Rui Correia, “serão sempre de montante mais reduzido e para aumentar cirurgicamente a competitividade das fábricas que pretende continuar a operar, nomeadamente em Portugal”.

 

OJE/Lusa

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