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Sonae sobe lucros em 34% no primeiro semestre, para 98 milhões de euros

A área do retalho e a NOS contribuíram para a melhoria geral e para os lucros. O volume de negócios da Sonae cresceu 6,6% para 2.680 milhões de euros no final do primeiro semestre do ano.
22 Agosto 2018, 19h10

O volume de negócios da Sonae cresceu 6,6% para 2.680 milhões de euros no final do primeiro semestre do ano, período que foi fechado com a melhoria da rentabilidade de todos os negócios, com aumento de 11% do EBITDA, que se fixou nos 154 milhões de euros. Já o resultado líquido aumentou de 73 milhões de euros para 98 milhões (+34%).

Ao mesmo tempo, a dívida líquida diminuiu 6,7% (95 milhões de euros) face ao final do período homólogo. O investimento aumentou 30 milhões, tendo-se fixado, no período em referência, nos 151 milhões de euros.

Em comunicado, Ângelo Paupério, Co-CEO da Sonae, afirma que “ o crescimento assegurado no segundo trimestre permitiu concluir a primeira metade de 2018 com um volume de negócios mais de 6% acima do período homólogo do ano passado, com contributos positivos de todas as nossas áreas de atividade, com destaque para o retalho alimentar que cresceu 7,2%”.

O trimestre ficou, no entanto, marcado pelos resultados obtidos no âmbito da gestão de portefólio, “com decisivos avanços na preparação do IPO da Sonae MC, com a alienação parcial da participação na Outsystems (detida indiretamente pela Sonae IM) e, sobretudo, pela aquisição de mais 20% da Sonae Sierra numa operação que contribuiu para um maior equilíbrio do nosso portefólio e para o reforço do perfil internacional que se mantém na linha da frente das prioridades estratégicas da Sonae”, disse ainda Ângelo Paupério.

O comunicado reforça ainda que o resultado antes de impostos (EBT) aumentou 30,1% para 37 milhões de euros, valor idêntico ao verificado ao nível do resultado direto. O resultado indireto atingiu 68 milhões, mais do que duplicando o registado no período homólogo, “sobretudo resultante de reavaliações do portefólio, de ganhos de capital da Sonae IM e do valor criado nas propriedades de investimento da Sonae Sierra”.

Face ao crescimento das vendas e da rentabilidade, bem como ao dos resultados indiretos, “o resultado líquido atribuível a acionistas melhorou 25 milhões de euros, para 98 milhões, mais  34,2% em termos homólogos. O investimento situou-se em 151 milhões “devido essencialmente a um maior nível de capex da Sonae MC, relacionado com remodelações, e da Sonae IM relacionado com operações de fusão e aquisição”.

Por outro lado, “a Sonae prosseguiu com o reforço da sua solidez financeira, tendo diminuído a dívida líquida em 95 milhões de euros em termos homólogos, para 1.324 milhões, e o rácio da dívida líquida face ao capital investido situa-se em 38,3%, menos 2,8 pontos percentuais”.

A Sonae criou mais de 1.700 postos de trabalho nos últimos 12 meses, “tendo terminado o primeiro semestre do ano com mais de 45 mil colaboradores. Esta evolução traduz o crescimento das várias áreas de negócios, tanto em Portugal como no exterior, resultando num reforço de competências para a Sonae”.

No retalho alimentar, o volume de negócios da Sonae MC aumentou 7,2%, ascendendo a 1.906 milhões de euros, “beneficiando de uma variação de vendas no universo comparável de lojas de mais 2,7% e da contínua expansão da rede de lojas do Continente Bom Dia”

O volume de negócios da Worten cresceu 7,1%, fixando-se em 474 milhões de euros. “Esta evolução beneficiou do crescimento da operação online e de uma variação de vendas no universo comparável de lojas de mais 5,8%.

Já o volume de negócios da Sonae FS aumentou 27,5%, atingindo 14 milhões de euros. A Sonae RP, unidade responsável pela gestão do portefólio de imobiliário de retalho da Sonae, fechou o semestre com um portefólio de 20 lojas Continente, 60 lojas Continente Modelo e 31 lojas Continente Bom Dia, representando um valor contabilístico líquido de 908 milhões.  O volume de negócios da Sonae RP totalizou 47 milhões de euros, mais 2,9%.

O volume de negócios da Sonae IM aumentou 8,7% em termos homólogos, para 75 milhões de euros, e a margem EBITDA subjacente situou-se em 4,1%, 61 pontos base acima do ano passado.

Por outro lado, as receitas operacionais da NOS totalizaram 772 milhões de euros, mais 0,6% face ao período homólogo. O EBITDA atingiu 306 milhões melhorando 2,6%, e a margem EBITDA aumentou 80 pontos base, para 39,6%. O resultado líquido cresceu 9,2% para os 79 milhões de euros.

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