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Sonaecom rasga acordo com Isabel dos Santos (com áudio)

“À Sonae passa a ser imputada uma participação na NOS de cerca de 36,8% do capital social e dos direitos de voto nessa sociedade”, detalha a empresa liderada por Cláudia Azevedo.
28 Setembro 2022, 20h11

A Sonaecom pôs oficialmente fim à parceria que tinha com a empresária angolana Isabel dos Santos. A empresa liderada por Cláudia Azevedo informou esta quarta-feira o mercado de que a sua subsidiária resolveu o Acordo Parassocial que regia as relações entre as acionistas da Zopt e a amortização da sua participação na Zopt e, consequente, imputou à Sonaecom uma participação representativa de 26,075% do capital da NOS.

“À Sonae passa a ser imputada uma participação na NOS de cerca de 36,8% do capital social e dos direitos de voto nessa sociedade, por efeito da participação direta no capital e direitos de voto na NOS de que a Sonae é titular e da imputação indireta dos votos relativos à referida percentagem de 26,075% que, uma vez concluídos os trâmites, passará a ser diretamente detida pela sua subsidiária Sonaecom”, detalha a dona do Continente.

Ou seja, no caso da NOS, a Sonaecom passa assim a deter uma posição de 26,075% na operadora de telecomunicações liderada por Miguel Almeida, enquanto o grupo Sonae – dono da empresa com ativos nas áreas de tecnologia, media e ‘telecom’ – fica com uma participação de controlo de 36,8% na Nos.

Segundo a informação transmitida esta noite à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o processo acontece porque, dois anos depois a polémica do Luanda Leaks, a Sonaecom deixa de ser acionista da Zopt, que se mantém na posse da Unitel International e da Kento Holding, de Isabel dos Santos, mas agora em exclusividade.

A Zopt é uma sociedade que foi criada em 2012, surge da ‘fusão’ das marcas Zon e a Optimus e unia Isabel dos Santos à Sonae para investimento no sector das telecomunicações.

A Sonae conclui a nota enviada à CMVM por reiterar a sua intenção em “manter-se como acionista de referência da NOS, continuando a assegurar um quadro de estabilidade acionista favorável ao desenvolvimento do seu importante projeto empresarial no sector das telecomunicações”.

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