A startup portuguesa Sound Particles, que está por detrás do Óscar de Melhor Som atribuído ao filme norte-americano “Dune”, anunciou esta terça-feira que fechou recentemente uma nova ronda de investimento de 2,5 milhões de euros para lançar um marketplace de sons e uma “experiência imersiva” de som para headphones e no metaverso (mundo virtual).
Na prática, a empresa vai lançar uma tecnologia de áudio três dimensões (3D) para headphones, para consolidar a sua presença no espaço de gaming e realidade virtual, e aumentar a gama de produtos na área de produção musical. A ambição é ainda maior: abrir um escritório nos Estados Unidos, para se manter perto da música vinda de Holllywood.
“Esta ronda de 2,5 milhões de euros, irá possibilitar a introdução de novos desenvolvimentos tecnológicos, consolidar a sua presença no mercado internacional através da abertura de um escritório em Los Angeles e promover o crescimento orgânico da empresa,” revelou ainda o fundador e CEO, Nuno Fonseca, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.
O financiamento, cuja assessoria jurídica esteve a cargo da SRS Advogados, foi co-liderado pela sociedade Indico Capital Partners e pela Iberis e contou também com a participação do Fundo de Coinvestimento 200M, do Banco Português de Fomento (BPF). “A Sound Particles foi a primeira startup em que a Indico investiu, numa ronda pré-seed de 400 mil euros em 2019”, começa por recordar Stephan Morais, presidente da Indico Capital, na mesma nota de imprensa.
Fundada em Leiria, em 2016, a empresa liderada por Nuno Fonseca tem-se vindo a impor no sector da tecnologia para áudio e, atualmente, o software que desenvolveu é utilizado em produções cinematográficas célebres, entre as quais se encontram as séries e filmes “Game of Thrones”, “Star Wars” ou “Frozen”, bem como o jogo Fortnite. “Estamos muito satisfeitos, enquanto primeiros investidores, por ver a empresa atingir os seus objetivos e a desenvolver-se no mercado internacional, tendo não só uma tecnologia revolucionária, mas também uma equipa de gestão e desenvolvimento de produto robusta”, comenta Stephan Morais.
Nesta última ronda, o BPF também deu um apoio indireto, através do programa Portugal Tech, através do qual foi subscrito o fundo de capital de risco gerido pela Indico. A CEO da instituição financeira, Beatriz Freitas, acredita que este projeto “está a revolucionar o software áudio e a ganhar destaque internacional, num mercado tão competitivo como o da produção cinematográfica”. “Com este investimento, o BPF dá mais um contributo importante de apoio e reforço da competitividade das startups portuguesas”, garante.
Além dos 400 mil euros iniciais, a Sound Particles havia recebido 1,25 milhões de euros do SME Instrument da União Europeia.
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