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S&P não vê risco no rating português e admite nova subida

“Não vemos riscos no curto prazo no novo rating”, afirma Marko Mrsnik, um dos responsáveis da Standard & Poor’s pela subida do rating português. O mesmo analista admite a possibilidade de nova subida “se forem preenchidas as condições que estão definidas”.
29 Setembro 2017, 11h05

Marko Mrsnik, o principal responsável pela decisão da Standard & Poor’s (S&P) de retirar Portugal do nível de lixo, afirma que a decisão de subir o rating de Portugal teve em linha de conta “algumas das vulnerabilidades que ainda existem, como o elevado endividamento”. Por isso, o principal analista da S&P diz, em entrevista ao DN, que “não existem riscos para o rating no curto prazo”.

Na base da decisão da passagem do rating luso para BBB- estiveram factos como a perspetiva de crescimento da economia portuguesa de 2,8% e a consolidação orçamental, com o défice de 1,5% perto de ser atingido, afirma Mrsnik. Mas estes não foram os únicos. As melhorias nas condições de financiamento e no mercado de trabalho ajudaram a que fosse feita uma “mudança de rating e não apenas uma alteração da perspetiva”.

Reforçando que, ao atribuir uma perspetiva “estável”, a S&P afirma não existirem riscos para o rating no curto prazo, Mrsnik não exclui uma descida do rating português, o que poderia acontecer caso se verificasse “um significativo decréscimo do crescimento económico” ou a “adoção de políticas que forem contra a capacidade do país em aceder aos mercados financeiros”, ou ainda “desvios ao caminho de consolidação orçamental”.

Mas uma possível subida do rating também não está fora de cogitação, ainda que tal esteja contingente do preenchimento de “condições que estão definidas”, como a continuação do “crescimento económico mais elevado do que o previsto” ou de uma “maior consolidação orçamental”.

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