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S&P vê risco que “apoio real necessário seja maior” do que o estimado na ajuda ao Novo Banco

Num relatório sobre Portugal, a agência de notação financeira norte-americana identifica como um dos riscos orçamentais a necessidade do Estado, nos termos do Mecanismo de Capital Contingente, dar apoio através do Fundo de Resolução ao Novo Banco.
16 Março 2020, 07h25

A Standard & Poor’s (S&P) continua a identificar as injeções de capital no Novo Banco como um dos principais riscos orçamentais para Portugal. Num relatório de acompanhamento sobre Portugal, a que o Jornal Económico teve acesso, a agência de notação financeira diz que “o risco é que o apoio real necessário seja maior” ao previsto no Orçamento do Estado.

“O outro risco orçamental continua a ser a necessidade do Estado – nos termos do Mecanismo de Capital Contingente – dar apoio através do Fundo de Resolução ao Novo Banco, o banco sucessor do Banco Espírito Santo, para compensar as perdas recorrentes de ativos herdados”, pode ler-se no relatório, datado da última sexta-feira, dia 13.

Os analistas da S&P recordam que em 2019, o custo do apoio foi de 1,15 mil milhões de euros ou 0,55% do PIB. “Agora que foi transferido para o Novo Banco, o futuro custo orçamental máximo do apoio ao Novo Banco através do Fundo de Resolução é de 1,86 mil milhões de euros ou 0,9% do PIB”, acrescentam.

“Como as transferências para o Fundo de Resolução do Estado são incorporadas no setor das administrações públicas, as transferências para o Novo Banco (que não faz parte do setor das administrações públicas) tem consequências orçamentais que implicam riscos futuros para os resultados orçamentais”, realçam.

O relatório da S&P destaca ainda que o Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) prevê uma injeção de capital de 600 milhões de euros este ano e de 400 milhões de euros em 2021.

“No entanto, o risco é que o apoio real necessário seja maior”, frisam.

https://jornaleconomico.pt/noticias/sp-mantem-rating-de-portugal-inalterado-em-bbb-e-outlook-positivo-559159

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